• tacet: Livraria Cultura - Bourbon Shopping Pompéia - Rua Turiassú, 2100

    6.12.08

    Livraria Cultura - Bourbon Shopping Pompéia - Rua Turiassú, 2100

    Nesta quarta fui até a nova Livraria Cultura de São Paulo. Como a cada dia as livrarias boas de São Paulo vão à falência, uma atrás da outra, graças às Mega Stores [outro dia mesmo, enquanto eu estava na pequena grande Livraria Asteka – Perdizes –, o dono comentava – com certo humor – como todas hão de falir e que eles estão na lista (que são responsáveis pela grande editora de livros mexicanos Fondo de Cultura)], mas, como eu dizia, torço para que a nova Cultura torne-se uma grande livraria (em qualidade, não no que é esperado pelos empresários – ou seja, no lucro cada vez maior).
    Por quê?
    Por 2 razões:
    1) O principal comprador é nada mais nada menos do que o grande Rodrigo. (Ronoc aqui, Paulo Vidal lá) Os grandes traficantes de droga não podem usar as próprias drogas. Assim também tendem a ser as livrarias. Mas ele é, felizmente, um viciado em livros.
    2) Ela fica em frente ao Sesc Pompéia, projeto da (talvez maior) arquiteta brasileira: Lina Bo Bardi, assim como a da Paulista está perto do Masp (também da Lina). Infelizmente (como todo shopping) não existem janelas com direito a vista de uma das grandes obras de São Paulo (é possível ver o Sesc apenas subindo de carro para o estacionamento).

    Mas o mais engraçado é que ela fica na Turiassu, rua onde já esteve uma antiga Livraria Cultura (perto do parque Água Branca), que virou uma livraria do irmão do (e brigado com o) Pedro Herz. Recentemente, em uma entrevista para o jornal da própria livraria, Pedro disse que "Joaquim ficou com uma livraria que havíamos aberto na Rua Turiassu e eu com a Cultura." Não deixa de ser engraçado, pois eu tenho marcadores da Livraria Cultura com endereços da Paulista e da Turiassu. Meu pai já foi muito amigo do irmão do Pedro. Quando eu era pequeno (década de 80), costumávamos (minha família e o irmão do Pedro) ir no marvilhoso Hotel das Fontes, projetado por Oscar Niemeyer em Águas de Lindóia. Apesar de eu ter tido experiências muito importantes neste hotel (como o meu primeiro beijo: uma linda garota de cabelos escuros e covinha na bochecha corria atrás de mim – eu fugia. Um dia eu corri até o banheiro de homem, mas ela foi atrás e me deu o primeiro beijo. Eu tinha uns 8 anos e nos agarrávamos intensamente dia a dia até o fim da viagem). Mas quanto ao Herz, só me lembro que ele chamava meu pai de Chico Tomate.

    2 Comentários:

    Blogger João Paulo Parisio disse...

    Saudações. gostaria de saber se há alguma boa tradução d'O Corvo de Poe em espanhol, de Borges ou Cortázar, por exemplo. Um abraço!

    segunda-feira, 15 de dezembro de 2008 às 02:30:00 BRST  
    Blogger Vitruvius Pollio disse...

    Para ser sincero, conheço apenas milhares de traduções para o português, as em francês (Baudelaire e Mallarmé) e a em italiano, de Mario Praz. Borges (com Bioy Casares) traduziram os contos “O Caso do Sr. Valdemar” (no maravilhoso livro “Antología de la Literatura Fantástica”) e “A Carta Furtada”. Já Cortazar traduziu todos os contos (que estão em dois livros) e dois poemas do seguidor Mallarmé.

    Desculpe a demora, vi seu comentário apenas agora.

    domingo, 28 de dezembro de 2008 às 13:12:00 BRST  

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