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    16.6.25

    Bertolt Brecht/Poemas 1913-1956/Paulo César de Souza/continua

    BRECHT, Bertolt. 1898-1956. Poemas 1913-1956 / Bertolt Brecht (Eugen Bertholt Friedrich Brecht); seleção, tradução e comentário de Paulo César de Souza; texto de 2a e 3a capa Willi Bolle.  São Paulo: Editora 34, 2012.

    1926-1933

    QUANDO O FASCISMO
    SE TORNAVA CADA VEZ MAIS FORTE

    Quando o fascismo se tornava cada vez mais forte na Alemanha
    E mesmo trabalhadores o apoiavam em massa
    Dissemos a nós mesmos: Nossa luta não foi correta. Pela nossa Berlim vermelha andavam em pequenos grupos
    N
    azistas em novos uniformes, abatendo
    Nossos camaradas.
    Mas caiu gente nossa e gente da bandeira do Reich.

    Então dissemos aos camaradas do PSD:
    Devemos acreditar que matem nossos camaradas?

    Lutem conosco numa união anti-fascista!
    Recebemos como resposta:
    Poderíamos talvez lutar ao se lado, mas nossos líderes Nos advertem para não usar terror vermelho contra
    o branco.
    Diariamente, dissemos, nosso jornal combateu os atos de terror
    Mas diariamente também escreveu que só venceremos

    Através de uma Frente Unida vermelha.
    Camaradas, reconheçam agora que este “mal menor” Que ano após ano foi usado para afastá-los de qualquer luta
    Logo significará ter que aceitar os nazistas.
    Mas nas fábricas e nas filas de desempregados
    Vimos a vontade de lutar dos proletários.
    Também na zona leste de Berlim os social-democratas

    Saudaram-nos com as palavras “Frente Vermelha!” e já usavam o emblema
    Do movimento anti-fascista. Os bares

    Ficavam cheios nas noites de debates.
    E então nenhum nazista mais ousou
    Andar sozinho por nossas ruas
    Pois as ruas pelo menos são nossas

    Depois que eles nos roubaram as casas.

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