28.9.15

menos paulistanos pelas ruas de são paulo


A cada dia eu vejo menos paulistanos andando pelas ruas de São Paulo. 
Já fazem 2 anos que Marsicano  morreu. E ainda parece que vou encontar ele enquanto ando pela rua, e escutar o seu humor.
Conheci ele em um Bloomsday (2005?), quando ele adorou um trabalho meu apresentado (o único que gostou, para falar a verdade, em um transe bem marsicano). Neste mesmo dia ele comprimentou o Thiago Senna, e eu descobri que ele era padrinho de casamento dos pais do Thiago (e do Tomás, do Livio e da Junia). Ele adorava falar sobre o pai deles.
A cada dia os paulistanos (que vivem em São Paulo) vão diminuindo (descobri que não encontro um dos grandes, pois ele não sai mais da cama  ele que tem uma bala na cabeça de uma tentativa de suicídio décadas atrás, quando jovem).
menos paulistanos
em
são paulo
a cada
dia


pré-haicai (para marsicano)

num relâmpago
o tigre
atrás da
corça
(isso
disse
sousândrade)
ou:
tiro nas
lebres de
vidro
do
invisível
(cabral:
falou)

assim a
multi-
mínima
arte do
hai-
cai
– bashô buson issa
(& outros ou-
tros) a
(vôoflor)
borboleta
e o ramo
onde ela

pousa

(Haroldo de Campos)

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