O retrato da multidão em Poe mostra que a descrição da confusão não e o mesmo que uma descrição confusa.
[J 56a, 7]
[...]
A dialética da produção de mercadorias no auge do capitalismo: a novidade do produto adquire — como estímulo da demanda — uma importância até então desconhecida. Ao mesmo tempo, o retorno do sempre igual manifesta-se de maneira patente na produção de massa.
[J 56a, 10]
[...]
A propósito da imagem da multidão em Poe: que imagem da cidade grande se pode ter quando o registro de seus perigos físicos — sem falar dos perigos a que ela mesma está exposta — permanece ainda tão incompleto quanto na época de Poe ou Baudelaire? A multidão expressa um pressentimento desses perigos.
[J 57, 8]
BENJAMIN, Walter (1892-1940). Passagens / Das Passagen-Werk / Walter Benjamin; edição alemã de Rolf Tiedemann; organização da edição brasileira Willi Bolle; colaboração na organização da edição brasileira Olgária Chain Féres Matos; tradução do alemão Irene Aron; tradução do francês Cleonice Paes Barreto Mourão; revisão técnica Patrícia de Freitas Camargo; pósfácios Willie Bolle e Olgária Chain Féres Matos; introdução à edição alemã (1982) Rolf Tiedemann. — Belo Horizonte: Editora UFMG; São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2009.

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