10.9.24

alan moore/eddie campbell/palavras, magias e serpentes/a disease of language/sai

MOORE, Alan.  Palavras, magias e serpentes / A Disease of Language / Alan Moore; intodução Eddie Campbell; A membrana Fetal; Serpentes e Escadas; Alan Moore entrevistado por Eddie Campbell; tradução de Andrio J.R.Santos, Enéias Tavares; ilustrações de Eddie Campbell. Rio de Janeiro: DarkSide Books, 2022.

Alan: (...)

Acho que o último estágio dessa narrativa veio a acontecer no capítulo... Quatro? Certo?... de Do Inferno, quando Gull e Netley se deliciam com uma bela fatia de torta de carne in Earls Court, e Gull argumenta que a mente humana é o único lugar em que os deuses indubitavelmente existem, onde são reais em toda a nossa grandeza e monstruosidade’ ou algo assim. (...) Acho que essa foi mais ou menos a ordem das coisas que aconteceram comigo, embora não veja hoje os eventos da vida assim, como um fluxo linear, o que torna um relato cronológico um problema, para dizer o mínimo.

[...]

Alan: (...) ideias acerca do que os deuses de fato seriam — conjuntos de ideias autorreferentes que, ao romper certas fronteiras de complexidade, se tornaram conscientes ou então aparentemente conscientes (...) a dupla hélice espiralada do nosso DNA, o código que perpassa toda a vida e toda a consciência e do qual somos extensões experimentais, (...), o desdenhoso relato de LUCIANO sobre a verdadeira origem de Glycon como marionete me impactou muito, (...). Acredito que todos os deuses são histórias, ou, quando muito, ideias que precedem histórias, mas são histórias ou ideias que se tornaram, de certo modo, quase vivas ou conscientes, ou que ao menos parecem vivas ou conscientes, ao menos para qualquer intenção ou propósito prático. Assim, do meu ponto de vista, a ideia de um deus seria o próprio deus. Ora, se o ilusionista original, LUCIANO, achou por bem adicionar a essa ideia tão poderosa um toque de malandragem, envolvendo uma jiboia domesticada e um tubo acústico, isso em nada prejudica o fato de que a ideia central por trás da divindade poderia ser boa ou útil; poderia, inclusive, tratar-se de uma divindade real, mesmo que metafísica. Da minha perspectiva, um dos equívocos do cristianismo é insistir na existência de um Jesus histórico. O que isso significa, de fato, é que se um dia fosse provado que a pessoa Jesus não existiu, o cristianismo desabaria, incluindo suas visões filosóficas bastante consistentes. Na verdade, não há necessidade alguma de tal colapso. Agora, confessar que seu deus não passava de um efeito especial discursivo me parece bem mais honesto e talvez, em última instância, uma estratégia mais frutífera. (...)

Eddie: Em entrevistas anteriores, você pareceu definir o tipo popular de entretenimento de palco, como tirar coelhos da cartolas e pombas de lenços, como certa continuidade de um tipo de magia oculta mais superior. Eu gosto dessa argumentação. Parece comparável a ver histórias em quadrinho e pintura clássica como escolhas em vez de conceitos mutuamente exclusivos e opostos. Seria a sua um tipo de magia pós-moderna?

Alan: (...) Da minha perspectiva, que é mais pré-histórica do que pós-moderna, parece-me que ambas as práticas têm a ver com a manipulação da percepção humana e, portanto, com a manipulação da consciência humana. (...)

[...]

Alan: (...) Isso me fez pensar no que de fato constitui a realidade de um lugar. Obviamente, há mais em nossa experiência de que um lugar do que tijolos e argamassa. Nossa relação a vários lugares parece-me depender da riqueza da rede de associações que conectamos a esses lugares. Uma tediosa rua suburbana terá muito mais significado, por exemplo, se você cresceu naquela vizinhança e carrega consigo memórias diferentes de períodos diferentes de sua história pessoal, que obviamente você associa a ela. De modo similar, se você souber a história daquela rua específica nos séculos anteriores ao seu nascimento, a experiência de sua arquitetura será proporcionalmente mais rica e significativa. Agora, se você for um mago praticante ou um poeta e tiver uma rede de sistemas simbólicos para decodificar acontecimentos ou mesmo impressões ocasionais, então sua experiência será ainda mais rica e significativa. (...)

[...]

Alan: (...) Porém, se você ler novamente aquele capítulo, talvez note a extensão do meu desconforto com aparições literárias pessoais, isso porque as palavras ‘eu’, ‘me’, e ‘meu’ não são usadas em lugar nenhum daquele capítulo. (...)

[...]

Alan: Ao desejar que cada capítulo do livro fosse narrado por uma voz em primeira pessoa do período em questão, de pronto notei que um dos maiores desafios seria evitar que a voz interior do cobrador de impostos romano soasse como a voz interior de John Clare ou como a cabeça decepada de Francis Tresham ou de qualquer outro narrador do tipo. Para chegar no que eu queria, me pareceu necessário deixar que a voz do personagem viesse a mim em vez de tentar desenvolvê-la de forma lógica ou racional. (...) Foi mais como sintonizar minha imaginação em frequências cronológicas diversas de determinada paisagem mental geográfica e de determinado modo de falar, deixando que vozes enterradas ou esquecidas surgissem.

Alan: (...) Quanto à menção e à aceitação de Jesus como ideia espiritual válida, teria de dizer que a pergunta provavelmente se origina de uma percepção do cristianismo e do panteísmo mágico como campos fixos inevitavelmente opostos. Com certeza, grupos cristãos mais acalorados e fundamentalistas rotularem qualquer coisa que não seja sua vertente de cristianismo como satanismo não ajuda a afastar essa noção. Por outro lado, ocultistas classe média que se rebelam (o que é mais que compreensível) contra os valores conformistas de seus familiares e que acabam se tornando uma imagem oposta desses valores também não ajudam. Só para registrar, no que concerne à minha própria posição, a figura de Jesus Cristo me parece tão verdadeira e válida, tão real e simbolicamente poderosa, quanto qualquer outra divindade com quem tenha tido alguma experiência. Em alguns sentidos até, ao ocupar, como Cristo faz, a posição chave da cabala no sefiroth Tiphereth, ele ganha grande importância humana, até maior do que outras divindades mais remotas. Isso significa que aceito a existência histórica de Jesus, nascido da Virgem, crucificado e ressuscitado fisicamente? Até parece. Tanto quanto aceito o fato de que Glycon era de fato o ressurgimento físico de Asclepius, e que seu ventríloquo Alexander descendia mesmo de Perseu e de Zeus. Creio, como já comentei antes, que os deuses são conjuntos complexos de ideias divinas que não têm forma física ou expressão concreta, exceto pelo próprio universo. Em outras palavras, significa que seriam as essências que precedem nossas formas materiais. Assim, tenho grande respeito, amor até, e mesmo adoração pela figura de Jesus, do mesmo modo que tenho por Glycon, Selene, Hermes, Afrodite, Indra, Odin ou qualquer outra divindade deste mundo. Entretanto, não sou cristão, pela mesma razão que não sou odinista, rosacrussiano, muçulmano ou membro de qualquer religião (...). Basicamente, a palavra religião vem da raiz latina religare, como em ligadura ou ligamento, e refere-se literalmente a estar unido sob uma única crença. (...)

[...]

Alan: (...) Tudo o que diretamente vivemos é nossa própria consciência do universo. Quanto à consciência, essa misteriosa e adorável dádiva, é a única coisa que qualquer um de nós de fato possui ou é. A ciência é a ferramenta mais precisa que a consciência conseguiu desenvolver para testar a realidade, ainda que ironicamente a ciência não possa ou não consiga discutir ou explorar a própria consciência. Porque a realidade científica está baseada inteiramente em fenômenos empíricos que podem ser reproduzidos em laboratórios. A consciência claramente não cabe nessa categoria, e por isso, está de forma irritante além dos limites da ciência, ela se transmuta num literal fantasma na máquina. Como a consciência não pode provar sua própria existência, o eu é seu próprio ponto cego. Como um fantasma, ninguém pode de fato saber o que a consciência é, ou de onde ela veio ou vem, e a única ferramenta que conseguimos criar para testar a realidade se mostra incapaz de detectar ou medir a consciência. Ou pior, talvez amargurada pela falha em descrever o fenômeno da consciência, a ciência tenha decidido tentar um exorcismo do fantasma na máquina, simplesmente sugerindo que a consciência, na verdade, não existe. Para citar uma teoria recente, é como uma ilusão resultante dos nossos processos biológicos. Ou ainda, como diz a tendência do momento, a consciência não existiria de fato, e é na verdade um fluxo continuo de memes, ideias virais que seriam mais ou menos contrapartes metafísicas dos genes. O problema dessas tentativas de varrer o fenômeno inexplicável e irritante da consciência para debaixo do tapete de certeza materialista é que tais esforços estão condenados de saída. A tentativa, por exemplo, de descrever a consciência como resultado da biologia deve ser tentadora para cientistas, sobretudo porque a biologia é compreensivelmente uma ciência fisica que se coloca sob fundação de química consistente, a coisa que, a principio faz todas essas glândulas e tecidos que nos dão a ilusão de consciência funcionarem. Ademais, a química é uma ciência exata também confortável, pois se fundamenta na sólida estrutura da física, o que explica per feita e sensivelmente como os elementos químicos se comportam num nível submolecular. Só vamos ter mais problemas quando examinamos de perto o quão supostamente sólida é essa base da física, pois descobrimos que é toda fundamentada nos princípios da física quântica, um espaço em que tudo se comporta e funciona de acordo com os parâmetros de Alice no Pais das Maravilhas, e que, ao menos como nos ensinam, não podemos escapar da influência da mente e da percepção, agentes que atuam nas partículas subatômicas que formam nossa existência inteira. O problema é que acabamos de provar que a mente não existe e que ela não passa de um subproduto da biologia, não? E se desejar descrever o fluxo de informação que percorre nossa consciência como memes distintos e fragmentares, então vai lá, mas o quanto isso muda qualquer coisa, exceto no reino da semântica, eu não sei. Como disse, essas tentativas de descrever a consciência estão condenadas ou, na melhor das hipóteses, não passam de esperançosos, mas inadequados esforços em explicar nossos pensamentos e ações conscientes mais simples, deixando de fora, claro, os extremos rompantes mágicos de iluminação e clareza que eu acabei me interessando. Se eu desejar um modelo funcional de consciência, algo que tenha uso real para mim, pessoal ou profissionalmente, está claro que teria de construir tudo a partir dos meus próprios esforços. A ideia de adaptar uma metáfora espacial para tratar das propriedades da mente e da consciência surgiu naturalmente das metáforas qua se inteiramente espaciais que já usamos para se referir à consciência. Por exemplo, falamos de ter uma coisa na mente, de coisas que vem ou que estão frescas na cabeça, comentamos sobre perder a cabeça, clarear os pensamentos ou estar com a cabeça no lugar. No entanto, nosso crânio é inteiramente preenchido por um tipo de massa gosmenta, eletrificada e rosa-acinzentado em que nenhum espaço físico poderia existir dentro, em cima ou embaixo, na frente ou do lado. Quando falamos de uma consciência elevada, quantos metros acima do mar deveria estar? A ideia de uma consciência desperta ocupar qualquer tipo de espaço parece inteiramente natural para todos. Em vista disso, tentei criar uma hipótese para a possível natureza desse espaço hipotético, que chamei de ideário. Me ocorreu que espaço pode ser concebido como espaço de mútua utilização, embora cada um de nós tenha aparentemente, consciência própria e distinta. (...) possamos sair de nossos lares em direção à rua e ao mundo, espaço que por sua vez é mutuamente acessível e aberto a qualquer um. E se também fosse assim com a nossa mente?

E se fosse possível viajar além dos confins do espaço mental individual, em direção ao espaço exterior coletivo, onde podemos nos encontrar com a mente de outras pessoas num espaço compartilhado De saida, isso explicaria fenômenos no mínimo ambíguos como telepatia ou saberes compartilhados, vindos de diferentes lugares, mas também poderia explicar alguns eventos mais mundanos, embora não menos intrigantes. Quando James Watt descobriu a propulsão a vapor, por esemplo, houve muitos outros inventores que chegaram à mesma ideia de forma independente, no mesmo ano, embora tenham sido incapazes de bater Watt no Escritório de Patentes (imagine todos aqueles pequenos carros a vapor competindo para chegar lá, como na Corrida Maluca). Se o ideário não existe, então essas numerosas descobertas independentes de máquina a vapor não passariam de coincidências inacreditáveis Agora, se o ideário ou algo do tipo existir, então podemos supor que as ideias sejam o equivalente a objetos sólidos em termos de espaço. Uma ideia pode ser cascalho, pedra, montanha ou um continente inteiro em termos de tamanho, mas o mais importante é que existe, ao menos de maneira metafísica, como objeto sólido nesse território mutuamente acessível da mente, como monólito de granito numa paisagem física Na verdade, um número significativo de pessoas diferentes, todos viajantes em suas mentes, poderiam concebivelmente esbarrar na mesma ideia de uma só vez, como diferentes andarilhos que acabam no mesmo ponto do mapa. Uma coisa que se esclarece quase que de imediato é que se a consciência for considerada espaço, então deve haver outras regras governando sua estrutura, regras diferentes daquelas que regem o espaço físico comum. A distância, por exemplo, só pode ser associativa no ideário. A Lands Ende a escocesa John O'Groats, embora reconhecidamente afastadas no mundo físico, são comumente mencionadas na mesma frase e são, na verdade, regiões muito próximas uma da outra, falando associativamente. A mente pula direto de uma ideia para outra. Além disso, a geografia do ideário também precisa ser instável, ou então fixada sob diferentes parâmetros, sobretudo se comparada à geografia do mundo material. Como Ruty Rucker observou no ensaio Life a Fractal in Hilbert Space (como referenciei em Big Numbers),7 pensar em um cigarro, digamos, pode guiar a mente a inúmeras direções Você pode pensar na marca que gosta ou em amigos que fumam, ou então em câncer de pulmão, ou em uma memorável cena de filme que viu (provavelmente A Estranha Passageira), ou em seu primeiro cigarro em baixo das arquibancadas do estádio de beisebol com algum amigo de es cola quando vocês tinham onze anos de idade (esses são, à propósito exemplos de Rucket). Se você escolher pensar no primeiro cigarro em baixo das arquibancadas, seu próximo salto de pensamento pode levá-lo a um igualmente diverso numero de diferentes áreas. Você pode pensar em beisebol no geral, ou naquele estádio particular da infância ou então no time da casa. Você também pode pensar naquele amigo, ou ainda na sua escola ou na experiencia de ter onze anos. (...) O ponto é que quase quaisquer duas ideias concebíveis na existência, em ideário se você preferi, estão ligadas por apenas seis passos, exatamente como Kevin Bacon e qualquer outro ator hollywoodiano que queira mencionar. Isso significa que as leis de navegação no ideário são mais como as leis de navegação da internet, uma ideia é conectada a outra, do que as regras de navegação empregadas na viagem de carro. O que também significaria que o Tempo, como fenômeno, não se aplica do mesmo modo ao campo da mente como as domínios materiais do tempo cronológico. Podemos pensar facilmente em eventos de vinte anos atrás, assim como podemos revistar eventos que aconteceram nesta manhã, ou podemos pensar cm algo que possivelmente acontecerá amanhã, ou no próximo ano, ou dez mil anos frente. O ideário não é limitado pelas leis convencionais do tempo nem pelas leis convencionais do espaço. (...) até mesmo acontecimentos relativamente rotineiros, como o déjà vu. Outra noção que me ocorreu foi que esse hipotético ideário, onde filosofias são grandes territórios e religiões provavelmente constituem nações inteiras, é que ele deve conter floras e faunas nativas, criaturas desse mundo conceitual puramente feitas de ideias do mesmo modo que nós, criaturas do mundo material, somos feitos de matéria. (...) O ideário também poderia dar um toque de realidade a coisas que de outro modo seriam vistas apenas como conceitos poéticos, como as musas, por exemplo. Agora, tudo isso são aplicações do conceito de ideário talvez um tanto distantes da experiência diária de pessoas comuns, mas é minha crença que cada um de nós, ao longo de nossas vidas inteiras, estejamos despertos ou dormindo, interagimos com o ideário de um modo ou de outro, e essas interações podem ser fracas ou fortes. Se tivemos a ideia de beber um copo de água, então é uma ideia, mesmo se não for rara ou interessante. Ideias do dia a dia como essa podem ser vistas como peixinhos que nadam perto das águas costeiras do nosso oceano de ideário, ideias facilmente acessadas e alcançadas por qualquer um. Já ideias incomuns são mais raras, mais distantes, requerem um pouco mais de exploração ou até mesmo de mergulho profissional para ser localizadas. Artistas e escritores e outros criadores, sobretudo, tendem a ser julgados de acordo com a distância que percorrem na perseguição do objetivo. É seu trabalho encontrar uma ideia original que requeira uma longa viagem mental, muita pesquisa e exploração? Ou apenas compram ideias pré-cozidas e congeladas no mercado local, como qualquer um? Como disse desde o início, é tudo hipotético e especulativo, mas ao menos é uma tentativa de chegar a um modelo funcional para a consciência que pessoalmente acho frutífero e útil, e que pode concebivelmente ser útil para outra pessoa que esteja lutando com as mesmas questões. E dado o fato que o ideário é uma noção central no meu conceito de consciência e criatividade, você pode dizer que circundei a ideia em várias das minhas obras, tentando me aproximar dela por diferentes abordagens, ou tentando fazer uso de um conceito para formular novas ideias, ou como base hipotética a ser testada em futuros experimentos mágicos. De qualquer forma, o conceito funciona para mim. Agora, se funciona na prática para qualquer outra pessoa, realmente não sei dizer.

 7 Projeto em quadrinhos de Alan Moore com Bill Sienkiewicz, que teve somente duas edições lançadas. A proposta é que fossem doze. [NE]

Alan: (...) Eu teria de dizer que, caso alguém me ameaçasse com uma arma (aos norte-americanos que nos leem, notem que é uma metáfora e não um exemplo aceitável de comportamento social) (...).

(...) Na magia, não há uma agência terrestre central que coordena ou organiza inquisições e purgações caso você não obedeça. No caso da magia, é muito mais difícil se impor um dogma, e heresia se torna praticamente impossível. Dito isso, é claro que há várias escolas de pensamento ou ordens mágicas que têm acumulado os próprios dogmas, talvez por virem de campos religiosos tradicionais e por não se sentirem confortáveis sem eles. Representantes dessas ordens podem às vezes criticar, da própria perspectiva, o que entendem como desvios. (..) Não existem deuses, exceto na mente humana. Magia não existe de fato, não fora da ficção ou enganação, o que por sua vez nos sugere que magos também não existem nem supostas autoridades supremas em magia. Todos esses sujeitos, eu incluído, claramente inventam tudo isso conforme se engajam mais e mais. (...)

Alan: (...)

Godiva Sky, and her atomic blush
The trailing peacock hem stained whit with flare
Reflects in puddle-mud while everywhere.
Tattooed in heathen gold, the children rush.



 

BÍBLIA SAGRADA. O Cântico dos Cânticos e os Evangelhos/ tradução do Padre Antônio Pereira de Figueiredo; notas e dicionário prático Mons.José Alberto L.de Castro Pinto; aprovação de Cardeal D.Jaime de Barros Câmara. Rio de Janeiro: Edição Barsa, 1969.

TORÁ  A LEI DE MOISES. תורה. Edição revisada e ampliada da obra A Lei de Moisés e as Haftarót. Tradução, explicações e comentários do rabino Meir Matzliah Melahed z"l, com comentários de Sidur Matzliah e as Meguilot de Ester e Cântico dos Cânticos. Comentários do rabino Menahem Mendel Diesendruck z"l (da obra Sermões, Editora Perspectiva). Comentários compilados, redigidos e editados por Jairo Fridlin, com tradução das Cinco Meguilot, três delas comentadas por Rute, Echá e Cohélet, traduzidas por David Gorovits e Ruben Najmanovich, além de moderno texto hebraico da Torá, das Haftarót e Meguilot, acompanhado da tradução de Onkelos para o aramaico e dos comentários de Rashi, Baal Haturim, Toldot Aharon e Icar Siftê Chachamin. 1962, 1972, 2001. São Paulo: Editora e Livraria Sêfer LTDA, 2017.

ZOHAR. זוהר. São Paulo: Kabbalah Centre Brasil, 2000, 2017.

BLAKE, William (1757-1827). The Complete Illuminated Books / with 393 plates, 366 in colour / William Blake; handwritten text with his imagery on pages; this edition, produced together with The William Blake Trust, contains all the pages of Blake’s twenty or so illuminated books reproduced in true size; and an appendix with all Blake’s text set in type; Jerusalem; Songs of Innocence and of Experience; All Religions are One; There is No Natural Religion; The Book of Thel; The Marriage of Heaven and Hell; Visions of the Daughters of Albion; America a Prophecy; Europe a Prophecy; The Song of Los Milton a Poem; The Ghost of Abel; On Homers Poetry [and] On Virgil; Laocoön; The First Book of Urizen; The Book of Ahania; The Book of Los; introduction by the noted Blake scholar, David Bindman. London: Thames & Hudson (in association with The William Blake Trust), 2008.

CROWLEY, Aleister (1875-1947). O livro da Lei: LIBER AL VEL LEGIS / The Book of the Law / Aleister Crowley; traduzido por Marina Della Valle e Fernando Pessoa; prefácio de M.B.; bilíngue e com o manuscrito. São Paulo: Editora Campos, 2017. (Selo Chave)

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JODOROWSKY, Alejandro; COSTA, Marianne (1966- ). O caminho do tarot / Alejandro Jodorowsky e Marianne Costa. Tradução de Alexandre Barbosa de Souza. La Voie du Tarot, 2004. — São Paulo: Editora Campos (Rogério de Campos), 2016. (Selo Chave)

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LUCIANO/ ΛΟΥΚΙΑΝΟΣ (125 d.C.-180 d.C.)/ Diálogo dos Mortos / Ἑταιρικοὶ Διάλογοι /tradução e notas Maria Celeste Consolin Dezotti; edição bilíngue; imagens de obras gregas antigas. São Paulo: Editora HUCITEC, 1996.

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. Poemas / Igitur ou La Folie dElbehnon / Igitur ou A Loucura de Elbehnon / Un Coup de Dés Jamais nAbolira le Hasard (morceau) / Um Lance de Dados Jamais Abolirá o Acaso (trecho) /Le Livre (morceau) / O Livro (trecho) / Stéphane Mallarmé; traduzido e notas por José Lino Grünewald; bilíngue. — Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1990.

A clavícula de Salomão / Clavicula Salomonis [por Samuel Lidell Mathers] / traduzido por Marina Della Valle; prefácio de S.Liddel Macgregor Mathers. São Paulo: Editora Campos, 2015. (Selo Chave)

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MOORE, Alan. A Saga do Monstro do Pântano / Alan Moore, Steve Bissete e John Totleben; colorido por Tatjana Wood; introdução Alan Moore; 1983-4; tradução Heitor Pitombo; editores e prefacio Odair Braz Junior e Cassius Medauar letras Lilian Mitsunaga. Saga of the swamp thing. — Rio de Janeiro: Pixel Media, 2007.
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A Saga do Monstro do Pântano livro dois / Alan Moore, Stephen Bissete, John Totleben; mais Shawn McManus, Rick Veitch, Alfredo Alcala, Ron Randall, Bernie Wrightson; colorido por Tatjana Wood; introdução Jamie Delano; prefácio Neil Gaiman; 1984-5; tradução Edu Tanaka. Saga of the swamp thing book two. — São Paulo: Vertigo/Panini Brasil.
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A Saga do Monstro do Pântano livro quatro / Alan Moore, Stephen Bissete, John Totleben, Stan Woch; mais Rick Veitch, Alfredo Alcala, Ron Randall, Tom Mandrake; colorido por Tatjana Wood; introdução Charles Shaarv Muray; prefácio Neil Gaiman; 1985-6; tradução Edu Tanaka. Saga of the swamp thing book four. — São Paulo: Vertigo/Panini Brasil.
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A Saga do Monstro do Pântano livro seis / Alan Moore, Rick Veitch, John Totleben, Alfredo Alcala; mais Stephen Bissete, Tom Yeates; colorido por Tatjana Wood; introdução Stephen R.Bissete; 1987; tradução Edu Tanaka. Saga of the swamp thing book six. — São Paulo: Vertigo/Panini Brasil.
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V de Vingança / V for Vendeta / Alan Moore, David Lloyd; prefácios de David Lloyd e Alan Moore; artigo de Alan Moore sobre V na revista Warrior 17; desenhos, esboços e rascunhos de David Lloyd; capítulos retirados da edição final; tradução e adaptação Helcio de Carvalho, Levi Andrade. Baruerí, SP: Panini Books, 2012.
_________________. Watchmen edição definitiva / Alan Moore, Dave Gibbons, John Higgins; posfácio de Alan Moore; textos de Alan Moore sobre a criação da obra, com rascunhos de Dave Gibbons; roteiro de Alan Moore de algumas páginas, com rascunhos de Dave Gibbons; capas; posfácio de Dave Gibbons.
Baruerí, SP: Panini Books, 2009.
_________________. Do Inferno 1 / Alan Moore e Eddie Campbell; 1989; tradução Jotapê Martins. From Hell. — São Paulo: Via Lettera, 2005.
_________________. Do Inferno 2 / Alan Moore e Eddie Campbell; 1989; tradução Jotapê Martins. From Hell. — São Paulo: Via Lettera, 2005.
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Do Inferno 3 / Alan Moore e Eddie Campbell; 1989; tradução Jotapê Martins; editores Jotapê Martins e Monica Seincman. From Hell. — São Paulo: Via Lettera, 2003.
_________________.
Do Inferno 4 / Alan Moore e Eddie Campbell; 1989; tradução Jotapê Martins.
From Hell. — São Paulo: Via Lettera, 2001.

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Promethea, volume 1/ Promethea absolute edition, book 1 / Alan Moore; J.H.Williams III; Mick Gray; prefácio Alan Moore; galeria de capas, criação e texto explicativo J.H.Williams III; posfácio Brad Meltzer; texto de Octavio Aragão; tradução Octavio Aragão. Barueri, SP: Panini Books, 2015.
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Promethea, volume 2/ Promethea absolute edition, book 2 / Alan Moore; J.H.Williams III; Mick Gray; prefácio Eric Shanower; texto de J.H.Williams III sobre o realizar o roteiro de Promethea 29; roteiro de Alan Moore de Promethea 29; texto de Octavio Aragão; tradução Octavio Aragão. Barueri, SP: Panini Books, 2017.

MORRIS, William (1834-1896). sobre as artes do livro / William Morris; edição e introdução Gustavo Piqueira; tradução Adriano de Paula Rabelo; fac-símile de páginas coloridas de Morris. — Cotia, SP: Ateliê Editorial, 2020.  (Coleção artes do livro / coordenação Plinio Martins Filho).
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Elementos do estilo tipográfico / Robert Bringhurst; tradução Adriano André Stolarski; Golden Type, de William Morris; Elements of typographic style. — São Paulo: Cosac Naify, 2005.
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Aldo Manuzio: Editor, Tipógrafo, Livreiro: As Pegadas de Aldo Manuzio / Enric Satué; prólogo de Oriol Bohigas; tradução de Cláudio Giordano; exemplos de Morris. El disseny de llibres del passat, del present i, tal vegada, del futur: la petjada dAldo Manuzio. — Cotia, SP: Ateliê Editorial, 2004.
_________________. Mastering Type: The Essential Guide to Typography / Denise Bosler;
some colored examples of pages created by Morris. — Ontario: HOW Books, 2012.

ROSSETI, Dante Gabriel (1828-1882). Grandes poetas da língua inglesa do século XIX/ Soneto é um monumento do momento / A sonet is a monuments monument,  / Sem ela / Without her / Dante Gabriel Rossetti [Gabriel Charles Dante Rossetti]; seleção, organização e tradução José Lino Grünewald; edição bilíngue. — Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1988.

SCHOLEM, Gershom (1897-1982). A Cabala e seu Simbolismo / Gershom Scholem. Coleção Debates: J.Guinsburg. Tradução: Hans Borger e J.Guinsburg. Produção: Plínio M.Filho. São Paulo: Editora Perspectiva: 1978.
_________________
. O Golem, Benjamin, Buber e Outros Justos: Judaica I. / Gershom Scholem; Seleção de Textos: Haroldo de Campos, J.Guinsburg; Coleção Debates: J.Guinsburg; tradução: Ruth Joana Solon. São Paulo: Editora Perspectiva: 1994.
_________________. Cabala / Gershom Scholem. Kabbalah. Tradução de Alexandre Barbosa de Souza. 
São Paulo: Editora Campos, 2021. (Selo Chave)
 

YEATS, W.B. (1865-1939). Uma Visão / A Vision / W.B.Yeats (William Butler Yeats); tradução Ana Luísa Faria a partir da edição de 1937, da Macmillan, integrando as alterações introduzidas em 1962. Lisboa: Relógio D’Água Editores, 1994.


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