menos paulistanos pelas ruas de são paulo
Já fazem 2 anos que Marsicano morreu. E ainda parece que vou encontar ele enquanto ando pela rua, e escutar o seu humor.
Conheci ele em um Bloomsday (2005?), quando ele adorou um trabalho meu apresentado (o único que gostou, para falar a verdade, em um transe bem marsicano). Neste mesmo dia ele comprimentou o Thiago Senna, e eu descobri que ele era padrinho de casamento dos pais do Thiago (e do Tomás, do Livio e da Junia). Ele adorava falar sobre o pai deles.
A cada dia os paulistanos (que vivem em São Paulo) vão diminuindo (descobri que não encontro um dos grandes, pois ele não sai mais da cama — ele que tem uma bala na cabeça de uma tentativa de suicídio décadas atrás, quando jovem).
menos paulistanos
em
são paulo
a cada
dia
pré-haicai (para marsicano)
num relâmpago
o tigre
atrás da
corça
(isso
disse
sousândrade)
ou:
tiro nas
lebres de
vidro
do
invisível
(cabral:
falou)
assim a
multi-
mínima
arte do
hai-
cai
– bashô buson issa
(& outros ou-
tros) a
(vôoflor)
borboleta
e o ramo
onde ela
pousa
(Haroldo de Campos)