• tacet: 01/2023

    30.1.23

    De Mar a Mar – A Descoberta do Pacífico • Enrique Breccia • Cristóbal Aguilar Jiménez

     


    Em 25 de setembro de 1513, o explorador espanhol Vasco Núñez de Balboa se tornou o primeiro europeu a avistar o Oceano Pacífico. Partindo da cidade de Santa María, fundada por ele dois anos antes, cruzou o istmo do Panamá com 190 soldados espanhóis e mil índios para finalmente chegar à costa do Pacífico. Esta HQ histórica narra os episódios dessa travessia repleta de armadilhas, de tentativas de traição e de confrontos com os povos indígenas, que culminaria com a descoberta de um oceano ainda desconhecido pelos europeus. Ao roteiro envolvente e muito bem embasado de Cristóbal Aguilar Jiménez se unem as sublimes aquarelas de Enrique Breccia, filho do mestre Alberto Beccia. Este livro, publicado originalmente na Espanha para comemorar os 500 anos da descoberta da América, nos apresenta uma nova faceta do imenso talento do artista argentino. a edição tem acabamento de luxo, com formato grande, capa dura com baixo relevo e hot stamping dourado, 56 páginas em cores, impressas em papel couché de alta gramatura, além de um marcador de páginas exclusivo.













    Editora:Comix Zone!
    Autor:Cristóbal Aguilar Jiménez, Enrique Breccia
    Formato:Encadernado
    Tipo de Capa:Capa Dura
    Cor:Colorido
    Idioma:Português
    Número: Única
    Páginas: 56
    Ano: 2021
    ISBN: 9786500311235
    Peso 0.200 kg
    Dimensões 28.5 × 21 × 1 cm 

  • Editores: Ferréz & Thiago Ferreira 

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    25.1.23

    Pensar nos meios de transporte, no lixo gerado, nas formas de fabricação dos objetos, na alimentação,...

     

    Merecemos ainda continuar sobre a Terra? Por Leonardo Boff
    Publicado por
    Diario do Centro do Mundo
    -
    Atualizado em 22 de janeiro de 2023 às 15:03
    A cultura do capital nos fez individualistas, consumidores e nunca próximos e cidadãos com direitos

    Reparando a situação da humanidade, da Terra viva, de seus ecossitemas, das relações entre as nações se guerreando militar ou economicamente, na África tribos se matando, cortando braços ou pernas, uma superpotência como a Rússia massacrando todo um povo parente, florestas sendo devastadas como na Amazônia e no Congo… Quando acompanho os relatórios científicos de climatólogos dizendo que já passamos o ponto crítico do aquecimento e que não haverá mais retorno e que nem a ciência a tecnologia não nos poderão mais salvar, apenas nos prevenir e finalmente dizem radicalizamos o anntropoceno (o ser humano é a grande ameaça à vida, estamos na sexta extinção de vidas), passamos pelo necroceno (morte em massa de organismos vivos) e chegamos agora ao piroceno (a era do fogo na Terra), talvez a fase mais perigosa para a nossa sobrevivência.

    Os solos perderam sua umidade, as pedras se superaqueceram e folhas secas e gravetos começam a deslanchar incêndios pavorosos como ocorreu em 2022 em toda a Europa, até na úmida Sibéria, na Austrália, na Califórnia e especialmente na Amazônia. E mais ainda, quando vejo que os chefes de Estado e os dirigentes das grandes empresas (CEOs) ocultam tais dados ou não lhes dão importância para não prejudicar os negócios, estão cavando a sua própria sepultura.

    Pior ainda quando a OXFAM e outros organismos nos mostram que apenas 1% da população mundial controla praticamente todo o fluxo das finanças e que possuem mais riqueza que mais da metade da população mundial (4,7 bilhões) e que no Brasil, segundo a revista Forbes, 318 bilionários possuem grande parte da riqueza em fábricas, terras, investimentos, em holdings, em bancos etc. num país no qual 33 milhões passam fome e 110 milhões se encontram em insuficiência alimentar (comem hoje e não sabem o que comerão amanhã ou depois) e milhões de desempregados ou na pura informalidade, nos vem logo a irrefreável interrogação: nós humanos, somos ainda humanos, ou vivemos na pré-história de nós mesmos, sem termos nos descoberto como co-iguais, habitantes na mesma Casa Comum.

    Com todas estas desgraças das quais ele, em grande parte, se fez responsável, merece ainda viver sobre este planeta? Ou a Terra mesma, possui sua estratégia interna, como o coronavírus revelou: quando uma espécie ameaça demasiadamente todas as outras, ela dá um jeito de diminuir o seu furor ou mesmo eliminá-la para que as outras possam continuar a se desenvolver sobre o solo terrestre.

    É nesse contexto que lembro a frase de um dos maiores brasileiros de nossa história, o Betinho que muitas vezes em conferências dizia: o problema maior não é econômico, não é político, não é ideológico, não é religioso. O problema maior é a falta de sensibilidade do ser humano com para com seu semelhante que está a seu lado. Perdemos a capacidade de termos com-paixão para com quem sofre, de estender a mão a quem pede um pedaço de pão ou um lugar para dormir em época de chuva torrencial.

    A cultura do capital nos fez individualistas, consumidores e nunca próximos e cidadãos com direitos, muito menos nos concede sentir que somos irmãos e irmãs de fato por termos os mesmos componentes físico-químicos iguais em todos os seres vivos, também nos humanos.

    Houve alguém que há mais de dois mil anos passou entre nós nos ensinando a viver o amor, a solidariedade, a compaixão, o respeito e a reverência face à Suprema Realidade, feita de misericórdia e perdão, e, por causa destas verdades radicalmente humanas foi considerado um inimigo das tradições religiosas, um subversivo da ordem ética do tempo e acabou assassinado e levantado no alto da cruz, fora da cidade que era símbolo de maldição e do abandono de Deus. Ele suportou tudo isso em solidariedade para com seus irmãos e irmãs.

    Até hoje sua mensagem permanece, embora, em grande parte foi traída ou espiritualizada para desvitalizar seu caráter transformador e manter o mundo assim como está com seus poderes e infernais desigualdades. Mas outros, poucos, seguiram e seguem seus exemplos, sua prática e seu amor incondicional. Muitos desses por causa disso conhecem o mesmo destino dele: a calúnia, o desprezo e a eliminação física. Mas é por causa desses poucos, creio eu, que Deus ainda se segura e não nos faz desaparecer.

    Mesmo com essa crença, diante deste quadro sombrio me vem à mente as palavras do livro do Gênesis: “O Senhor viu o quanto havia crescido a maldade dos seres humanos na terra e como todos os projetos de seus corações tendiam unicamente para o mal. Então o Senhor se arrependeu de ter criado os seres humanos na terra e ficou com o coração magoado. Então o Senhor disse: vou exterminar da face da terra o ser humano que criei e com ele os animais, os répteis e até as aves do céu, pois estou arrependido de tê-los feito” (Gn 6,5-7).

    Estas palavras, escritas há mais de 3-4 mil anos atrás, parecem descrever a nossa realidade. Colocados no jardim do Éden (a Terra viva) para guardá-lo e cuidá-lo, o ser humano se fez sua maior ameaça. Não bastava ser homicida como Caim, nem etnocida com a exterminação de povos inteiros nas Américas e na África. Fez-se ecocida, devastando e desertificando inteiros ecossistemas. E agora irrompe como biocidas, pondo em risco a vida da biosfera e da própria vida humana.

    Aqui cabe citar os relatórios científicos de uma grande jornalista norte-americana Elzabeth Kolbert. Após escrever o premiado livro A sexta extinção em massa: uma história não natural, acaba de publicar O céu branco: a natureza do futuro (ambos pela Intrínseca). Nele descreve as tentativas desesperadas dos cientistas para evitar o desastre total como efeito do aquecimento global, pois cresce dia a dia; só em 2021 foram lançadas na atmosfera 40 bilhões de toneladas de CO2. Estes cientistas propõem com a geoengenharia bloquear em grande parte o sol para que deixe de aquecer o planeta. O céu ficará branco. Quais seriam tais consequências, especialmente para a biosfera, para a fotosíntese e de tudo o que depende do sol? Por isso essa tecnologia é questionada. Criaria amais problemas do que aquele que quer solucionar.

    Termino com a observação de um dos maiores naturalistas Théodore Jacob que escreveu um livro inteiro exatamente com esse título: E se a aventura humana vier a falhar. A base de sua suposição é a terrificante capacidade destrutiva dos seres humanos, pois “eles são capazes de uma conduta insensata e demente; pode-se a partir de agora temer tudo, tudo mesmo, inclusive a aniquilação da raça humana”.

    Sou um pessimista esperançado. Pessimista face à realidade perversa sob a qual vivemos e sofremos. Esperançado porque creio que o ser humano pode mudar a partir de uma nova consciência e no Criador que desta crise e eventualmente de uma ruína pode construir ou tipo de seres humanos, mais fraternos entre si e respeitosos da Casa Comum.

    *Leonardo Boff é filósofo, eco-teólogo, expoente da teologia da libertação no Brasil e conhecido internacionalmente por sua defesa dos direitos dos pobres e excluídos. Autor, entre outros livros, de Habitar a Terra, Saber Cuidar (Vozes), etc.

    Publicado originalmente no site A Terra é Redonda.

     
    Estudo aponta que núcleo da Terra 'freou' e pode afetar duração dos dias, nível do mar e temperatura global; entenda
    'Paralisação' do núcleo interno da Terra pode gerar uma pequena diminuição na duração de um dia. Sismólogos Yang e Song, da Universidade de Pequim, ficaram surpresos com resultados da pesquisa.

    Por g1
    23/01/2023 19h10
    O núcleo da Terra parou de girar mais rápido do que o próprio planeta. É o que aponta um estudo feito a partir de dados de terremotos, realizado por Yi Yang e Xiaodong Song, sismólogos da Universidade de Pequim. O artigo científico foi publicado pela revista "Nature Geoscience", e o resultado foi uma surpresa para os próprios autores. A dupla de pesquisadores estuda o fenômeno desde 1995.

        “Ficamos bastante surpresos”, afirmaram Yang e Song na Nature.

        A 'paralisação' do núcleo interno da Terra pode afetar a forma como o nosso planeta 'funciona'.
        O artigo publicado na Nature explica que, na verdade, o núcleo costumava girar mais rápido do que a Terra em si e, em algum momento das últimas décadas (possivelmente em 2009), teria passado a acompanhar o movimento natural do planeta.
        A descoberta implicaria em mudanças nos campos gravitacionais e magnéticos da Terra e poderia ter consequências geofísicas mais amplas, como a alteração na duração de um dia completo em algumas frações de segundo.
        Isso porque a duração de um dia está diretamente ligada ao movimento de rotação da Terra em torno do próprio eixo (que dura 23 horas, 56 minutos, 4 segundos e 0,9 décimo de segundo).
        E, caso confirmada, a mudança na forma como o núcleo gira poderia estar impactando no movimento de rotação em si e, consequentemente, na duração de um dia.
        Outras possíveis alterações seriam em relação ao nível do mar e à temperatura da Terra.

    Em entrevista ao jornal espanhol "El País", Song, um dos autores do estudo, explica: “Nos últimos anos, os dias estão ficando mais curtos e pode ser que haja relação com esta mudança [na forma como o núcleo gira]".

    "A alteração na rotação também pode modificar o campo gravitacional como um todo e causar deformações na superfície, o que alteraria também o nível do mar e, por sua vez, a temperatura global do planeta", continua.

    De qualquer forma, os potenciais impactos precisam de mais tempo para serem devidamente avaliados. “Só temos que esperar”, ponderou John Vidale, sismólogo da Universidade da Carolina do Sul, em entrevista à Nature.

    De acordo com a publicação, os resultados da pesquisa podem ajudar ainda a desvendar alguns mistérios, como o papel que o núcleo interno desempenha na manutenção do campo magnético do planeta.

    O núcleo do planeta é uma "esfera" de ferro que fica a 5.000 quilômetros de profundidade e tem cerca de 7.000 quilômetros de largura.

    Ele é composto por duas camadas: o núcleo interno, que é um centro sólido feito principalmente de ferro; e o núcleo externo, que é uma "casca" composta por ferro líquido e outros elementos.

    O núcleo externo separa o núcleo interno, de 2.400 quilômetros de largura, do restante do planeta. Era este isolamento que permitia que o núcleo interno pudesse rodar em um ritmo próprio.
    Um Só Planeta
     

    Mudanças climáticas estão alterando eixo de rotação da Terra; entenda
    Fenômeno que desvia a orientação de giro do nosso planeta é observado desde a década de 1990 e está relacionado ao derretimento de geleiras, segundo pesquisa

        Redação Galileu

    26 Abr 2021 - 13h32 Atualizado em 30 Abr 2021 - 12h20

    A crise climática altera o modo como o mundo gira, literalmente. O eixo de rotação terrestre está se movendo de lugar conforme o aquecimento global derrete geleiras nos polos Norte e Sul do nosso planeta. Esse mecanismo preocupante é apontado em novo estudo, publicado na revista acadêmica Geophysical Research Letters em março.

    Os autores do artigo, vinculados à Academia Chinesa de Ciências (CAS) e à Universidade Técnica da Dinamarca (DTU), dizem que o eixo da Terra tem mudado desde a década de 1990, em um fenômeno que é chamado de deriva polar. Ele ocorre quando os polos magnéticos vagam pela superfície do planeta.

    A causa por trás disso é nebulosa, mas estudos anteriores já haviam apontado que o Polo Norte está se movendo para longe do Canadá e em direção à Rússia de modo natural, devido ao ferro derretido no núcleo do nosso planeta. Todavia, os cientistas mostraram agora que as mudanças climáticas causadas pela humanidade também contribuem para deslocar o eixo terrestre.

    Acontece que a forma como a água é distribuída na superfície da Terra contribui para a deriva polar, dando mais velocidade ao processo. Conforme as geleiras derretem, o líquido subterrâneo armazenado em nossos continentes altera a direção do vagar dos polos, mudando o eixo de rotatória terrestre um pouco para o leste.

    Para entenderem esse mecanismo, os pesquisadores usaram dados da missão espacial Gravity Recovery and Climate Experiment (GRACE), da Nasa e do Centro Aeroespacial Alemão (DLR), que enviou em 2002 dois satélites em órbita com a Terra para a obtenção de medidas precisas do campo gravitacional do planeta.

    Além disso, os especialistas usaram informações sobre geleiras e calcularam a perda total de água do solo na década de 1990, antes do início da missão GRACE. Eles viram que, em 1995, a direção da deriva polar começou a mudar de sul para leste.

    Já de 1995 a 2020, a velocidade do fenômeno aumentou em cerca de 17 vezes, quando comparada à do período de 1981 a 1995. "As descobertas oferecem uma pista para estudar o movimento polar impulsionado pelo clima no passado", conta Suxia Liu, pesquisadora da CAS e coautora do estudo, em comunicado.


    Embora o grau de mudança do eixo da Terra não possa ser sentido por nós a ponto de afetar nossa vida diária, a pesquisa sugere que as mudanças climáticas podem ter repercussões sérias nos recursos naturais, inclusive no ciclo da água.Liu indica que as implicações do estudo afetam a nossa compreensão sobre o armazenamento hídrico ainda no século 20. Como os cientistas coletaram 176 anos de dados sobre a deriva polar, eles esperam usá-los para estimar quanto de água foi perdida nos últimos anos devido às alterações climáticas.

    24.1.23

    O Astronauta – Lourenço Mutarelli

    O Astronauta ou Livre Associação de um Homem do Espaço conjuga as ideias e a escrita circular e obsessiva de Lourenço Mutarelli com o fotorrealismo fantástico das imagens de Flavio Moraes, Fernando Saiki e Olavo Costa. Nesta HQ – a primeira e única para a qual Mutarelli escreveu um roteiro sem assinar os desenhos–, acompanhamos o protagonista em uma exploração espacial dentro de seu apartamento. O que parecia absurdo em 2010, ano em que o livro foi originalmente publicado, se revelou uma profecia. A edição tem acabamento de luxo, com formato grande, capa dura com sobrecapa pôster, 64 páginas em preto e branco (com exceção do caderno de extras, em cores), impressas em papel offset de alta gramatura, além de um bookplate exclusivo (não autografado).









     
    Lourenço Mutarelli nasceu em 1964, em São Paulo. Publicou diversos álbuns de quadrinhos, entre eles Transubstanciação (1991), Desgraçados (1993), Eu Te Amo Lucimar (1994), A Confluência da Forquilha (1997) – reunidos em Capa Preta (2019) – e Diomedes: A Trilogia do Acidente (volume único publicado em 2012). Escreveu peças de teatro – reunidas em O Teatro de Sombras (2007) – e os livros de ficção O Cheiro do Ralo (2002, adaptado para o cinema em 2007), Jesus Kid (2004), O Natimorto (2004, adaptado para o cinema em 2008), A Arte de Produzir Efeito Sem Causa (2008), Miguel e os Demônios (2009), Nada me Faltará (2010), O Grifo de Abdera (2015) e O Filho Mais Velho de Deus e/ou Livro IV (2018).

    • Editora: ‎ Comix Zone; 1ª edição (15 setembro 2021)
    • Idioma: ‎ Português
    • Capa dura: ‎ 64 páginas
    • ISBN-10: ‎ 6500284526
    • ISBN-13: ‎ 978-6500284522
    • Dimensões: ‎ 21 x 28.5 x 1 cm
    • Editores: Ferréz & Thiago Ferreira 
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    20.1.23

    Já pegaram um pateta que estava visitando o Mickey.

    Pegaram alguns Irmãos Metralha. E o pateta que continua no Mickey? E os Tios Patinhas financiadores?

    Che sempre

     Em épocas como a nossa, nada mais atual do que a obra de um dos maiores roteiristas, com, talvez, o maior desenhista (e seu filho) sobre o:

    Este livro é uma lenda. Publicada na Argentina em 1968, a primeira biografia em quadrinhos do revolucionário Che Guevara vende 60 mil exemplares em poucas semanas e logo desperta a atenção dos militares que se sucedem no comando do país. Em 1973, Che é proibido. As cópias restantes são destruídas e as pranchas originais, queimadas. Os autores, três mestres dos quadrinhos mundiais, acabam na mira dos reacionários. Ameaças sem consequências até que, em 1977, o nome do roteirista Héctor Oesterheld, devido ao seu comprometimento político, acaba na longa e sangrenta lista de desaparecidos da ditadura argentina. O livro se torna, assim, um verdadeiro objeto de culto – amaldiçoado, precioso e inalcançável – até reaparecer na Espanha, 20 anos depois. Hoje, Che retorna em uma edição que injeta sangue novo na veia revolucionária desta obra: uma joia em que os diários de Guevara e as palavras de Oesterheld se fundem à arte dos Breccia e ecoam como um pungente grito de guerra. A edição tem acabamento de luxo, com formato grande, capa dura com verniz localizado, 96 páginas em preto e branco, impressas em papel offset de alta gramatura, além de um marcador de páginas exclusivo. O livro conta ainda com uma apresentação exclusiva assinada por Guilherme Boulos, professor, coordenador do MTST e da Frente Povo Sem Medo.



    • Editora: ‎ Comix Zone!; 1ª edição (2 setembro 2021)
    • Idioma: ‎ Português
    • Capa dura: ‎ 96 páginas
    • ISBN-10: ‎ 6500276205
    • ISBN-13: ‎ 978-6500276206
    • Dimensões: ‎ 21 x 28.5 x 1.5 cm
    • Editores: Ferréz & Thiago Ferreira 



    Sergio Abreu (1948/2023)

    Os violões feitos por ele, suas gravações e as suas apresentações. A lembrança nunca morre.

    6.1.23

    O Golpe da Barata – Gato Fenandéz

     O Golpe da Barata, primeira graphic novel da argentina Gato Fernández, é uma autoficção que narra a infância de uma sobrevivente de abuso sexual intrafamiliar. Entre bichos de pelúcia falantes, ratos antropomórficos e bidês celestiais, acompanhamos o cotidiano da menina Lucía, alter ego da autora, e sua relação com a mãe, o irmão e com Alberto, seu pai e algoz. Obra ganhadora do Concurso de Letras 2020 do Fundo Nacional das Artes do Ministério da Cultura da Argentina, O Golpe da Barata já foi publicado na Itália, na França e na Espanha. Aluna de Carlos Trillo e Horacio Lalia, Gato Fernández é uma das maiores revelações dos quadrinhos argentinos contemporâneos, como revela este tour de force criativo e pessoal.




     

    • Editora ‏ : ‎ Comix Zone; 1ªª edição (15 agosto 2021)
    • Idioma ‏ : ‎ Português
    • Capa dura ‏ : ‎ 112 páginas
    • ISBN-10 ‏ : ‎ 6500266803
    • ISBN-13 ‏ : ‎ 978-6500266801
    • Idade de leitura ‏ : ‎ 12 anos e acima
    • Dimensões ‏ : ‎ 19 x 25.5 x 1.5 cm
    • Editores: Ferréz & Thiago Ferreira

     

     

    Little Tulip – Boucq • Charyn

     



    Um serial killer assombra as ruas de Nova York, um perseguidor de mulheres que deixa um gorro de Papai Noel na cena de seus crimes. Pavel, um imigrante russo, colabora com as investigações policiais como desenhista. No entanto, a verdadeira ocupação de Pavel é como tatuador, e os assassinatos do chamado “Mau Velhinho” evocam memórias do inferno onde ele aprendeu seu ofício: um gulag siberiano que destruiu sua infância e despedaçou sua família. Vinte e cinco anos após Boca do Diabo, Jerome Charyn e François Boucq voltam a se reunir para presentear os leitores com esta incrível trama de corrupção, morte e vingança. A edição tem acabamento de luxo, com formato grande, capa dura com verniz localizado, 88 páginas em cores, impressas em papel couché de alta gramatura, além de um marcador de páginas exclusivo.




     

    • Editora ‏ : ‎ Comix Zone; 1ªª edição (2 agosto 2021)
    • Idioma ‏ : ‎ Português
    • Capa dura ‏ : ‎ 88 páginas
    • ISBN-10 ‏ : ‎ 650025323X
    • ISBN-13 ‏ : ‎ 978-6500253238
    • Idade de leitura ‏ : ‎ 16 anos e acima
    • Editores: Ferréz & Thiago Ferreira

     

    2.1.23

    FIN n nega nsw ake


    Caríssimo Brasil,

    Estamos exaurindo rapidamente nossas chances derradeiras de salvar o planeta e seus povos. Nosso mundo está mudando mais rápido que nunca e forçando-nos a adaptar mais rapidamente se quisermos sobreviver. De uma sociedade caçadora-coletora à agricultura, da agricultura à indústria, da indústria ao que quer esteja tomando forma agora – um novo estado para o qual sequer há nome ainda – a humanidade já se deparou com esse tipo de mudança de grandes proporções antes, embora não seja frequente. Tais transições não são causadas por forças políticas, mas pelos irrefreáveis movimentos da maré da história e da tecnologia, uma maré em que podemos guiar nossas embarcações para nosso proveito, ou sermos varridos por ela. A Terra está mudando, mudando pela necessidade de se tornar um lugar novo, e apenas nos resta mudar com ela ou então abrir mão para sempre da biosfera que nos mantém. Acredito que a maioria das pessoas sabe disso bem dentro de seus corações e sente isso em seus estômagos.

    Ainda assim, aproximadamente ao longo dos últimos 5 anos nós vimos por todo o planeta o ressurgimento voraz exatamente das ideias político-econômicas que nos colocaram nessa situação obviamente desastrosa desde o princípio. A escancarada agressividade desse avanço da extrema-direita me parece tão violenta, e ainda assim desconectada de qualquer realidade, que ela somente pode ser originária do desespero; o medo histérico sentido por aqueles que estão mais bem-posicionados nas estruturas de poder do mundo, que sabem que o novo mundo pode, em última instância, não ter mais lugar para eles. Temerosos por suas próprias existências e pela existência da visão de mundo do qual se beneficiam, ao longo deste último quinquênio eles encheram o palco mundial com personagens de pantomima cada vez mais barulhentos, exagerados e fanfarrões, para os quais nenhum ato é corrompido ou desumano em excesso e nenhuma linha de argumentação é descaradamente absurda.

    Desavergonhadamente monstruosos, eles têm perseguido minorias raciais e religiosas, ou seus povos nativos, ou os pobres, ou as mulheres, ou pessoas de outras sexualidades, ou todos estes juntos. Enquanto a pandemia ainda se desenvolvia, eles colocaram seus posicionamentos políticos e suas doutrinas financeiras acima da segurança de suas populações, capitaneando centenas de milhares de mortes potencialmente desnecessárias; centenas de milhares de famílias devastadas, e de comunidades devastadas. Com suas nações em chamas, ou inundadas, ou desidratadas pela seca, eles insistiram que as mudanças climáticas eram uma falsidade da esquerda para incomodar a indústria e rotularam como terroristas os ativistas ambientais e sociais. Adotando o estilo circense-fascista do italiano Silvio Berlusconi, nós tivemos o perigoso teatro de insurreição de Donald Trump na América e as desgraças destrutivas de Boris Johnson e (atualmente) seus substitutos no Reino Unido. E, é claro, o Brasil vem tendo Jair Bolsonaro.

    Apesar de nós do Hemisfério Norte obviamente contribuirmos muito além da nossa cota de figuras políticas horrendas para a situação do mundo, eu não conheço ninguém com um pingo de consciência e compaixão que não se choque com o que Bolsonaro, ao assumir o cargo na marola de Trump, fez com seu grande e lindo país, junto com o que continua a fazer com o nosso relativamente pequeno e ainda belo planeta. Nós assistimos com desespero enquanto, rezando pela mesma cartilha de sua inspiração americana, Bolsonaro atacou os povos indígenas do Brasil, os seus homossexuais e os direitos de suas mulheres de interromper de forma segura a gravidez, alimentando um incontrolável incêndio de ódio como cortina de fumaça para suas agendas sociais e econômicas, enquanto ao mesmo tempo inundava sua cultura com armas. Vimos ele tentar se gabar de seu jeito de lidar com a pandemia jorrando sua idiotice anti-vacinal, e também observamos a expansão territorial dos cemitérios feitos às pressas; covas lado a lado no solo cinza com flores mortas dispersas e lápides improvisadas trazendo cor.

    Presenciamos como ele respondeu à proposta de novas leis ambientais internacionais pela simples intensificação de sua devastação suicida das florestas tropicais, asfixiando nossa atmosfera com a queima de florestas, desalojando ou executando pessoas que viveram nestas regiões por gerações, supostamente em conluio ou fazendo vistas grossas para o assassinato de jornalistas que investigavam a brutalidade dessa limpeza étnica. Uma respeitada revista científica britânica da qual sou assinante, New Scientist, recentemente descreveu as próximas eleições como possivelmente o ponto crítico sem retorno na batalha de vida ou morte de nossa espécie contra a catástrofe climática que nós mesmos causamos. Em poucas palavras, ou Jair Bolsonaro continuará, lucrativamente, satisfazendo os interesses corporativos que o apoiam, ou nossos netos terão o que comer e respirar. É uma coisa ou outra.

    Na qualidade de anarquista, existem pouquíssimos líderes políticos que eu seria completamente capaz de tolerar, e menos ainda os que eu poderia endossar, mas por tudo que soube e li a respeito, Luiz da Silva, o Lula, parece ser um indivíduo tão raro. Suas políticas parecem ser justas, humanas e concretizáveis e, da forma como entendo, ele se comprometeu a reverter muitas das decisões tão desastrosas de Bolsonaro. Reparar o estrago destes últimos 5 anos certamente não será fácil e nem será barato, e [Luiz Inácio Lula] da Silva estará herdando um cenário político terrivelmente desfigurado. Mas pelo menos já dá pra ver que ele parece ser um candidato que reconhece que a humanidade está atravessando uma das mais incomuns transformações sísmicas e percebe que precisamos mudar a forma como vivemos se efetivamente quisermos sobreviver. Ele parece ser um político comprometido com o futuro, com seu trabalho honesto e com suas possibilidades justas e maravilhosas, e é melhor que a flagelante e devastadora agonia fatal de um passado sem sustentabilidade.

    A próxima eleição no Brasil se encontra equilibrada sobre o fio de uma faca. E, por tudo que eu disse acima, o mundo inteiro depende dela. Se você alguma vez apreciou alguma das minhas obras ou sentiu alguma empatia pelas inclinações humanitárias delas, então, por favor, saia e vote por um futuro apropriado para seres humanos, por um mundo que seja mais que as latrinas de ouro de suas corporações e de suas marionetes.

    Vamos colocar as injustiças dos últimos 5 anos, ou talvez dos últimos 500 anos, no passado.

    Com amor e com confiança,
    De seu amigo,
    Alan Moore – bjs

     

    Rata Cruel

    Do Gigante Carlos Trillo e desenho de Felix Saborido.

    El Libro de Fierro. Ediciones de la Urraca. Buenos Aires. Enero, 1987.

    Squeak The Mouse

    Squeak The Mouse está de volta! Estrelada pela mais escandalosa dupla de gato e rato da história da cultura pop mundial, Squeak the Mouse retorna em uma edição de luxo, em capa dura, que reúne tudo o que foi publicado e também dezenas de páginas inéditas até hoje. Em um lançamento simultâneo com a Europa.

    A HQ é uma sarcástica paródia que leva a extremo a violência
    típica dos desenhos animados norte-americanos, misturando isso com clichês de filmes de terror e pornôs. Lançada originalmente nos anos 1980, na legendária revista italiana Frigidaire (a mesma do Ranxerox e de autores como Andrea Pazienza e Tanino Liberatore), Squeak the Mouse tornou-se um fenômeno mundial. Nos Estados Unidos foi a inspiração para Matt Groening criar a dupla Comichão e Coçadinha, astros do desenho animado favorito do Bart Simpson. No Brasil, Squeak the Mouse foi publicada na revista Animal, e tornou-se imediatamente um dos maiores sucessos da revista.

    Autor:
    Massimo Mattioli estreou como quadrinista em 1967, na revista católica Il Vittorioso. Nos anos 70, criou a série M le Magicien para a Pif, revista infanto-juvenil ligada ao Partido Comunista Francês, mas também a série Pinky, para a revista católica Il Giornalino. Então, em 1977, junto com Stefano Tamburini, criou a revista Cannibale, que revolucionou os quadrinhos italianos. Logo depois, Matiolli foi um dos fundadores da revista Frigidaire, que é onde estreia a série Squeak the Mouse. De lá para cá, Mattioli recebeu alguns dos principais prêmios dos quadrinhos europeus, tem publicado nos melhores gibis da Europa, e também em revistas como a Vogue e Vanity Fair.

    editora Veneta

    Contos Ordinários – Ersin Karabulut

     

    Com a poesia, o imaginário e o caráter sombrio de um Edgar Allan Poe, Ersin Karabulut nos apresenta o retrato de uma sociedade que renunciou aos seus sonhos diante da servidão familiar e dos poderes políticos e financeiros. Uma coletânea de fábulas poéticas e perturbadoras que servem de advertência e representam a vitalidade da história em quadrinhos turca.




    Categoria:Quadrinhos > Comix Zone
    Tag:Ersin Karabulut
    Tipo de Série:Graphic Novel
    Editora:Comix Zone!  
    Formato:Encadernado > Capa Dura
    Tipo de Capa:Capa Dura
    Cor:Colorido
    Idioma:Português
    Número: Única
    Páginas: 80
    Ano: 2021
    ISBN: 9786500242324
    Peso 0.930 kg
    Dimensões 29 × 21.5 × 2 cm 

    Editores: Ferréz & Thiago Ferreira