tradução: Alexandre Barbosa de Souza, Marcelo Martorelli Vessoni, Silvia Bazi & Willy Corrêa de Oliveira
Entrevista com Marcus
Capa
A capa é construída com linhas brancas (como a luz) sobre a ausência de luz.
A sua estrutura é feita a partir de pontos separados em pequenos grupos. Cada um deles é um símbolo simples de instrumentos musicais, e cada pequeno grupo representa uma obra. Como são 12 obras no CD dividimos a sua seqüência visual – como a espacialização da violonista nas instruções das 12 peças que formam a obra Bouquet (a 12a na frente [baixo], a 9a atras [cima], etc).
Cada instrumento se conecta com a sua aparição nas outras obras, ou seja: cada violino se liga com todos os violinos; mas o violão – que aparece apenas duas vezes – só tem um traço ligando ambos.
Quartacapa
Na divisão entre o texto dos instrumentos tocados e do ano de composição de cada obra, fizemos uma quantidade de círculos coloridos que representam o timbre dos instrumentos (assim como ao lado de cada obra no encarte – para representar os timbres –, e do nome de cada instrumento).
Cor
Para cada instrumento escolhemos uma cor seguindo o espectro de divisão do branco (luz) – como o arco-íris. Cada padrão de cor representa uma série de timbres semelhantes dos instrumentos tocados no CD. O padrão timbrístico: cordas (do violino até o cravo – timbre indo para o percussivo); percussão (dos timbres mais claros aos mais complexos); instrumentos que vão entre teclas e sopros; e instrumentos de sopro (do metal à madeira). Do timbre puro de um lado (violino) ao timbre mais puro do outro (flauta).
Capas abertas (interior)
Fundo branco, da luz completa. Olhando por dentro, cada instrumento está em sua cor. Já o CD é o oposto, sem a ligação dos instrumentos; apenas eles separados nas suas formações (com exceção da obra que o Marcus toca, que está ligada a ele).
No centro do CD, é visível a ligação dos instrumentos, pois, quando ele é retirado, ficam apenas os traços, sem os círculos dos instrumentos (que estão no CD).
Fonte/Rialto
Nas gravuras de Giovanni Battista Piranesi (que influenciaram
Prigioneri di un sogno nelle Carceri di Piranesi) existe uma tipografia de versais. A partir desta influencia, utilizamos uma tipografia realizada em 1999 por um grande calígrafo veneziano (Giovanni de Faccio) e um tipógrafo austríaco (Lui Karner). O primeiro é de Veneza – como o Piranesi –, e esta tipografia de uma beleza impressionante foi realizada a partir da própria arquitetura de Veneza. Ela tem a estrutura semelhante a de Piranesi, mas com uma beleza mais complexa e com uma grande família tipográfica.
Roma
Como Piranesi fez estas gravuras em Roma, acabamos por utilizar todo um padrão de um grande admirador de Roma: Le Corbusier (mas não a Roma de Piranesi, mas a Roma de Michelangelo). Toda a distribuição das obras na capa do CD (a partir do
Bouquet) foram distribuídas a partir de um padrão de duas séries de Fibonacci (Modulor), assim como a escala de tamanho do texto e o seu entrelinhamento.
Adenilson Telles ● trompete
Alex Buck ● bateria
Cassia Carrascoza ● flautas
Cláudio Torezan ● contrabaixo
Douglas Kier ● violoncelo
Edson Beltrami ● flauta
Elisa Monteiro ● viola
Felipe Scagliusi ● piano
Francisco Formiga ● fagote
Gabriel Levy ● acordeão
Gilson Antunes ● violão
Horácio Gouveia ● piano
Lliuba Klevtsova ● harpa
Marcos Kiehl ● flauta em sol
Marcus Alessi Bittencour (programação
pd + Live eletronics)
Marcus Siqueira ● conduítes ● violão
Maurício De Bonis ● cravo
Pedro Gadelha ● contrabaixo
Peter Apps ● oboé
Peter Pas ● viola
Ricardo Bologna ● percussão
Ruben Zuniga ● vibrafone ● crotales
Samuel Hamzem ● trompa
Sergio Burgani ● requinta ● clarineta ● clarinete
Simona Cavuoto ● violino
Thiago Cury ● escaleta
CD: Contraluz
de Marcus Siqueira
Selo Sesc
Água Forte
diagramação: Paulo Vidal de Castro
& Thais Vilanova
encarte completo