Harmonia
“Mas os tolos têm sempre medo de serem tomados por tolos, ou seja: de serem reconhecidos. Receiam que algum embusteiro os engane. Essa insegurança lhes exige uma proteção. (…) Nada o medíocre receia mais do que ser coagido a trocar sua concepção de vida. E, assim, estabelece para si um ideal que é a expressão desse medo: o caráter. O homem de caráter pleno é aquele (variando uma palavra de Karl Krauss) cuja arteriosclerose procede de sua concepção de mundo.”
Schoenberg, Arnold. Harmonia. Introdução, tradução e notas de Marden Maluf —São Paulo: Editora UNESP, 2001.