• tacet: 04/2024

    30.4.24

    caminho tarot jodorowsky

     
    Com O Louco: escolher; com A Imperatriz: seduzir; com O Imperador: comandar; com O Papa: ensinar; com O Namorado: trocar; com O Carro: conquistar; com A Justiça: equilibrar; com O Eremita: iluminar; com A Roda da Fortuna: aceitar; com A Força: dominar; com O Enforcado: sacrificar; com o Arcano sem nome: eliminar; com Temperança: acalmar; com O Diabo: tentar; com A Torre: festejar; com A Estrela: dar; com A Lua: imaginar; com O Sol: criar; com O Julgamento: reviver; com O Mundo: triunfar... E no caso d'A Papisa: ler.

    [...]

    (...) No jogo tarológico, o objetivo é curar o adversário, ajudá-lo a viver. Esse trabalho se revelaria difícil: o ser humano atual pode ser comparado a um conteúdo maravilhoso fechado dentro de um continente enfermo. Ele tem limitações que defende obstinadamente, pois, embora sejam dolorosas, ele se identifica com elas. Desde a infância, seu espírito foi povoado de ideias insensatas. Um doente que se recusa a admitir que seu pensamento tem a capacidade de curá-lo se torna um adversário colérico diante do tarólogo. Ele diz que seu coração está vazio, mas disfarça que está cheio de rancor. Vive isolado dos outros, rejeita os sentimentos sublimes, desvaloriza a própria capacidade de amar e de ser amado, inibe sua capacidade sexual ou a exacerba, ao desprezá-la. Ele perdeu a em sua criatividade, tem vergonha dos próprios desejos. Reduziu sua infinita capacidade de movimentos corporais a um pequeno número de gestos cotidianos. Sua rigidez é resultado de preconceitos implantados por uma moral que outrora foi religiosa. O consulente se sente culpado por seus atos, por seus desejos, por seus sentimentos, por seus pensamentos. Essa culpabilidade lhe permite afirmar que o que lhe ocorre é um castigo justo e necessário. Ou então se deprecia incessantemente, acreditando, por falta de valores, não merecer sair do sofrimento. Ou ele justifica seus erros dando explicações excessivas e às vezes engenhosas, sem jamais fazer o esforço de mudar. Ou deseja amar, deseja criar, deseja ousar, deseja imaginar, deseja coisas sem fim, mergulhado na inatividade do desejar desejar. Ou ainda, com impotência, ele deseja ardentemente destruir o que lhe incomoda, eliminar aqueles que o machucaram, vingar-se, para terminar destruindo a si mesmo. Ou bem se joga na atividade sexual sem que ninguém chegue a satisfazê-lo completamente. Ou precisa, como de uma droga, da notoriedade e sofre por não tê-la ou por dever suportá-la, o que faz dele um surdo-mudo psicológico que gira dolorosamente em torno de si mesmo. Ou se comporta como um crítico impiedoso, um juiz permanente, incapaz de reconhecer o valor dos outros, o que o obriga se comparar obsessivamente com os demais, rebaixando-os para poder se assegurar de seu próprio valor. Ou ainda, por medo da transformação, ele recusa integrar novos conhecimentos, adula a própria ignorância, nega por principio: é aquela pessoa do "não" e do "mas"... Por outro lado, o consulente concebe um espaço habitável fundado sobre a ideia da propriedade privada. Ele foi habituado a viver em um espaço reduzido, com muros retos, dentro de cubos. Isso criou nele uma resistência diante do infinito. Ele não pode aceitar que vive no cosmos. Ele confunde lar e prisão... Condicionado pelos interesses político-econômicos de sua época, ensinam-lhe que a vida é curta. Na Idade Média, considerava-se natural morrer aos trinta anos; no Renascimento, aos quarenta; no século XIX, aos sessenta; hoje em dia, aos oitenta anos. Alguns cientistas dizem que viveremos 120 anos no século XXII, mas na realidade ninguém sabe a duração da vida humana. Se alguém diz que ela é como a de algumas árvores, isto é, de mais de mil anos, dirão que este alguem está louco. A sociedade funciona banindo a ideia de eternidade para associar o tempo ao dinheiro. O cidadão é um consumidor que deve ter uma vida curta para que a indústria funcione. Mas na realidade será que somos tão efêmeros assim? Por que não haveríamos de ter o direito de viver tanto quanto o universo? Como disseram ao consulente: "Você é apenas uma parte", é difícil para ele aceitar que é o todo. Ele aprendeu a lutar para defender sua "individualidade" buscando poderes egoístas. Vivendo em uma ilha psicológica, ele não se conta de que só existe uma única atmosfera, que a poluição no México, em Mumbai ou Paris envenena o ar de todo o planeta; que as guerras distantes, a miséria e a ignorância alheia atacam sua felicidade. O que acontece no mundo acontece a ele também. Uma crise econômica lá tem repercussões aqui, em seu bolso. Quanto maior é a separação dos outros, menor é a consciência. Vítima de ideias abusivas, o consulente nega sua capacidade de realizar milagres (entendemos aqui "realizar" como o fato de se dar conta de que a realidade não se comporta segundo um modelo preestabelecido, mas de uma maneira incompreensível para uma mentalidade prisioneira de um sistema lógico) e, desamparado, pensa viver sozinho, sem desconfiar que o universo  "o inconsciente"  é seu aliado. Aceitando a ideia de que ele não vale nada, ele não se digna a meditar para encontrar seu deus interior. O consulente confunde a Consciência (o Ser essencial) com o ato que consiste em tomar consciência de alguma coisa. A finalidade da Consciência é vir a ser ela mesma para se oferecer em seguida à divindade. Não se pode tê-la completamente: é uma semente que se desenvolve por mutações sucessivas. Seu primeiro nível é o animal. O indivíduo só vive para satisfazer suas necessidades materiais e sexuais. Ele não domina seus instintos, ignora o respeito pelos outros. Ele é agressivo por medo de perder. Segue-se o nível infantil: a pessoa, não aceitando a velhice e a morte, vive de maneira superficial; ela se recusa a meditar para se conhecer, coleciona objetos inúteis e distrações, sem nenhum senso de responsabilidade. Mais tarde se revela o nível romântico. O indivíduo não domina seus sentimentos, que o invadem. Eterno adolescente, ele acredita que encontrar um homem ou uma mulher para formar um casal é a solução da vida. Influenciado pelo cinema, pela televisão e pelas revistas de estilo..., ele cria um ideal amoroso que parece um conto de fadas. Isso faz com que substitua o ser pelo parecer. É possível que depois de dolorosos fracassos ele desenvolva a Consciência adulta. Nesse nível, pela primeira vez, o outro existe. A pessoa, compreendendo que em vez de exigir deve investir, tornandose responsável por si mesma, pode cair no erro egoísta da sede de poder. O que faz nascerem exploradores, tiranos, industriais sem escrúpulos, escroques de toda sorte. Egoísmo que tem sua antítese: pessoas que, por se sentirem nobres, passam o tempo a ajudar os outros por preguiça de ajudarem a si mesmas. Se isso se torna, na verdade, uma ajuda para as pessoas, abre-se o nível da Consciência social. É quando que o indivíduo luta pela felicidade de todos os seres humanos, mas também pela saúde das plantas, dos animais, do planeta. Mais tarde se abre à Consciência cósmica. No universo, nada acontece sem movimento e transformação. Descartando todo tipo de hábitos e sistemas obstinados que desvalorizam a vida, a pessoa responsável, assim como o cosmos, se abandona a uma mutação constante, sabendo que pertence a um mundo infinito e eterno. Ela emerge dos limites geracionais e prepara o terreno para o advento do novo ser. Por fim, nível que muito poucos atingem, chega-se à Consciência divina. No centro obscuro do inconsciente, um ponto brilhante de lucidez total, aliado poderoso que, se bem utilizado, se manifesta como deus interior ou, se mal utilizado, como demônio interior. Esse nível é aquele que conhecem os gênios, os profetas e os magos. Se o tarólogo, sem prepará-lo anteriormente, tenta conduzir o consulente a uma mutação que eleva seu nível de Consciência, ele terá a impressão de que tentam arrancar seus dentes. Para mudar, é preciso querer mudar, saber que se pode mudar e por fim aceitar as consequências da mudança.

    (...) Esse retrato deve ser obtido com as maiores precauções: pode ser que a consulta seja feita por curiosidade superficial ou porque a pessoa busca não uma revelação mas um calmante que lhe permita suportar sem dor a própria vida. Uma coisa é dar, outra é obrigar a receber. Uma leitura pode facilmente se tornar tóxica.

    [...]

    Tive a sorte de assistir em Kyoto, no Japão, a uma cerimônia do chá celebrada por um mestre. Tanta consciência de cada gesto da preparação de uma "simples" taça de chá, tamanha humanidade, tamanha beleza, tal economia de movimentos me marcaram para sempre. Eu me propus a conseguir colocar em prática os gestos da leitura do Tarot com a perfeição e a humildade de uma cerimônia do chá do zen.

    (...) Não falo do aspecto exterior, estereotipado de um santo de almanaque, mas de um sentimento verdadeiro, poético e sublime. Diversas religiões dominaram o conceito de santidade, dando-lhe significados que o limitam. Entre esses limites, existe a negação da sexualidade, da reprodução, da família, conjugada à exaltação do martírio, à rejeição do mundo real por um além mítico. Fala-se de santos católicos, muçulmanos, budistas, judaicos (os justos) etc., mas não se concebe uma santidade cidadã. O cidadão santo pode amar um ser do sexo oposto, ter filhos, formar uma família, levar uma vida sadia, não pertencer a seitas, não adotar doutrinas ditadas por um deus com figura e nome, e praticar uma moral que não seja fundada sobre as interdições mas sobre o conceito de atos úteis para a humanidade. 

    (...) Para ser forte nas grandes coisas, é preciso sê-lo nas pequenas, no cotidiano, dando sem esperar nada em troca, nem agradecimento, nem dinheiro, nem admiração, nem submissão... Sem nos compararmos, sem rivalizarmos, aceitando com humildade os valores dos outros. Não colocando nosso ponto de vista como unidade de medida do mundo, aceitando de bom grado as diferenças. Aprendendo, entre muitas outras coisas, a concentrar nossa atenção, a controlar durante a leitura nosso pensamento, nosso desejo, nossas emoções; a vencer nossa preguiça, a terminar sempre aquilo que começamos, a não ficarmos nervosos se o consulente recusa a tomada de Consciência, a fazer o melhor possível naquilo que estamos fazendo, a eliminar vícios e manias, a realizar atos de generosidade sem testemunhas, a purificar o espírito eliminando interesses supérfluos sem cair em uma autocrítica excessiva nem na autoindulgência, a agradecer conscientemente cada dádiva, a meditar, a rezar para o deus interior, a contemplar, a conversar sozinho sobre temas profundos, a desenvolver os sentidos, a parar de ficar se definindo a si mesmo, a saber escutar, a não mentir para os outros e nem para si mesmo, a não nos comprazermos com a dor ou com a angústia, a ajudar o próximo sem torná-lo dependente, a não querermos mais ser imitados, e empregar o tempo de maneira lúcida, a fazer planos de trabalho e a realizá-los, a não ocupar muito espaço, a não dilapidar, a não fazer barulhos inúteis, a não comer alimentos insalubres só pelo próprio prazer, a responder da maneira mais honesta possível cada pergunta, a vencer o medo da existência e da morte, a não viver apenas no aqui e no agora mas também no algures, no além e no depois, a não abandonar jamais as crianças e velar por elas desde a infância, a não ser dono de nada nem de ninguém, a dividir igualmente, a não nos enfeitarmos com roupas e objetos por vaidade, a não enganar, a dormir o estritamente necessário, a não seguir as modas, a não nos prostituir, a respeitar escrupulosamente todo contrato assinado e toda promessa feita, a ser pontual, a não invejar o sucesso alheio, a falar somente o que for preciso, a não pensar nos benefícios de uma obra, mas a amar a obra por si mesma, a jamais ameaçar ou maldizer, a nos colocar no lugar do outro, a fazer de cada instante um mestre, a desejar e admitir que os filhos nos superem, a ensinar os consulentes a aprenderem por si mesmos, a vencer o orgulho transformando-o em dignidade, a cólera em criatividade, a avareza em sabedoria, a inveja em admiração pela beleza, o ódio em generosidade, a falta de em amor universal; a não aplaudir a si mesmo e nem se insultar, a não se queixar, a não dar ordens por prazer de nos vermos sendo obedecidos, a não contrair dívidas, a jamais falar mal de alguém, a não conservar objetos inúteis e, sobretudo, a jamais agir por interesse próprio, mas em nome do deus interior.

     [...]

    O transe começa com a exacerbação da atenção e visa abolir a realidade espectador/ator. A pessoa em transe não fica se observando a si mesma, ela se dissolve em si mesma. É um ator em estado puro. "Ator" deve ser entendido não como o comediante em cena, mas como entidade em ação. Por esse motivo, por exemplo, o transe não permite o registro na memória das palavras, feitos, atos realizados. Pelo mesmo motivo, o transe pode supor uma perda da noção do tempo. Geralmente, utilizamos a posição racional para afastar as outras forças vivas, as outras energias. Na vida cotidiana, o racional é tido como uma ilha. No transe, o racional não desaparece, mas a paisagem aumenta. A ilha vê que pontes com o inconsciente. O transe é um estado de superconsciência. No transe, não atos falhos nem acidentes. Não se tem a concepção do espaço, pois nos tornamos o espaço. Não se tem a concepção do tempo, porque somos o fenômeno que ocorre. É um estado de presença extrema em cada gesto, todas as ações são perfeitas. Não temos como nos enganar, pois não existe plano nem intenção. existe a ação pura no presente. No transe, o racional não tem medo de liberar o instinto, primitivo que seja, mas se une a ele. Ele se une à força criadora inesgotável de sua sexualidade. Ele vive o corpo não mais como um conceito do passado, mas como a realidade subjetiva vibrante do presente. O corpo não se mexe mais comandado pelas forças racionais, ele é dirigido por forças que pertencem a outras dimensões. Poderíamos dizer que os movimentos são ditados pela coletividade, ou pela totalidade da realidade. Um animal numa jaula tem movimentos comparáveis à posição racional. O movimento em liberdade de um animal na floresta é comparável ao transe. O animal na jaula deve ser alimentado segundo horários fixos. O racional deve receber, para agir, palavras. O animal selvagem se alimenta sozinho e não se engana com aquilo que come. O ser em transe não age mais movido por aquilo que aprendeu, mas por aquilo que ele é...  (...) Nesse caso, o transe não é uma omnivisão, mas, muito pelo contrário, uma concentração aguda da atenção sobre um detalhe que, certamente, está escondido da consciência cotidiana.

    JODOROWSKY, Alejandro; COSTA, Marianne (1966- ). O caminho do tarot / Alejandro Jodorowsky e Marianne Costa. Tradução de Alexandre Barbosa de Souza. La Voie du Tarot, 2004. — São Paulo: Editora Campos (Rogério de Campos), 2016. (Selo Chave)

    JODOROWSKY, Alexandre; CAMOIN, Philippe. Tarot de MarseilleAlexandre Jodorowsky e Philippe Camoin. Marseille: CAMOIN.

     

    29.4.24

    continua/

     


    Beethoven, Ludwig van. Sonatas for pianoforte solo. Ludwig van Beethoven. (Casella). First Volume. Sonate per Pianoforte  Op2 N1. Italie: G.Ricordi&Co (London), MCMXX.

     


     

     



    Beethoven, Ludwig van. Sonate pour piano no1 en fa mineur, Op2 No1. Ludwig van Beethoven. Eric Heldsieck piano. France: EMI, 1968.

    28.4.24

    caminho tarot jodorowsky


    En la noche dichosa,

    en secreto, que nadie me veía,

    ni yo miraba otra cosa,

    sin otra luz ni guía

    sino la que en el corazón ardía.

    João de la Cruz, Santo, 1542-1591. Santo João de la Cruz / tradução e apresentação Marco Lucchesi, bilíngue. — Rio de Janeiro: Lacerda Ed, 2000 

    JODOROWSKY, Alejandro; COSTA, Marianne (1966- ). O caminho do tarot / Alejandro Jodorowsky e Marianne Costa. Tradução de Alexandre Barbosa de Souza. La Voie du Tarot, 2004. — São Paulo: Editora Campos (Rogério de Campos), 2016. (Selo Chave)

    JODOROWSKY, Alexandre; CAMOIN, Philippe. Tarot de MarseilleAlexandre Jodorowsky e Philippe Camoin. Marseille: CAMOIN.

    10 Não se achará entre ti quem faça passar seu filho ou sua filha pelo fogo, nem agoureiro, nem prognostigador, nem adivinho, nem feiticeiro,

    11 nem encantador de animais, nem necromante ou Yideonita, nem quem consulte os mortos,

    12 porque abominável é ao Eterno todo aquele que faz estas coisas, e por causa destas abominações, o Eterno, teu Deus, os desterra de diante de ti.

    10. nem agoureiro, nem prognosticador  O denominador comum destas práticas era a tentativa do ser humano de, devido a seus temores e inseguranças, desvendar seu futuro. A Torá considera-as abominações gravíssimas, pois aquele que realmente crê em Deus não pode sujeitar seus passos ou decisões aos conselhos de adivinhos e similares. O monoteísmo ético proposto pelo judaísmo afirma justamente que nada existe fora de Deus. O que se pede é que confiemos Nele para estarmos com o Eterno, nosso Deus (vide vers13). Não podemos sequer pensar em partilhar nossa veneração a Deus com temores que porventura nos acometam, pois assim estaríamos faltando com nossa devoção total e irrestrita apenas a Deus. Agir de maneira diferente é contrário à vontade de Deus. Mais: é uma prova de falta de fé e deslealdade contra Aquele que governa e cuida pessoalmente do destino de Seu povo. (E)

    11. Yideonita Feiticeiro que coloca o osso de um animalzinho chamado Yadúa dentro da sua boca e adivinha.

    TORÁ  A LEI DE MOISES. עֵץ. Deuteronômio, 18 [Shofetim]: 10-11-12: דברים י"ח שופטים . Edição revisada e ampliada da obra A Lei de Moisés e as Haftarót. Tradução, explicações e comentários do rabino Meir Matzliah Melahed z"l, com comentários de Sidur Matzliah e as Meguilot de Ester e Cântico dos Cânticos. Comentários do rabino Menahem Mendel Diesendruck z"l (da obra Sermões, Editora Perspectiva). Comentários compilados, redigidos e editados por Jairo Fridlin, com tradução das Cinco Meguilot, três delas comentadas por Rute, Echá e Cohélet, traduzidas por David Gorovits e Ruben Najmanovich, além de moderno texto hebraico da Torá, das Haftarót e Meguilot, acompanhado da tradução de Onkelos para o aramaico e dos comentários de Rashi, Baal Haturim, Toldot Aharon e Icar Siftê Chachamin. 1962, 1972, 2001. São Paulo: Editora e Livraria Sêfer LTDA, 2017.

    10 nem se ache entre vós quem pretenda purificar seu filho, ou filha, fazendo-os passar pelo fogo: nem quem consulte adivinhos, ou observe sonhos e agouros, nem quem seja feiticeiro,

    11 ou encantador, nem quem consulte Piton ou adivinhos, nem quem indague dos mortos a verdade.

    12 Porque tôdas estas coisas abomina o Senhor, e por semelhantes maldades exterminará Êle estes povos à tua entrada:

    BÍBLIA SAGRADA. Deuteronômio, 18 [Profetas]: 10-11-12 / tradução do Padre Antônio Pereira de Figueiredo; notas e dicionário prático Mons.José Alberto L.de Castro Pinto; aprovação de Cardeal D.Jaime de Barros Câmara. Rio de Janeiro: Edição Barsa, 1969.  


    25.4.24

    A Rainha dos Insetos • Zidrou Zidrou • Paul Salomone

     

    No pacífico reino de Shandramabad um rei morre, deixando sua esposa, Shikara, grávida de gêmeos. Às vésperas do aniversário de 14 anos, a rainha presenteia cada uma das crianças com um pássaro-vulcão, uma ave de plumagem deslumbrante. Entretanto, esse gesto inocente selaria o destino de seu filho Gorakh, que cai fatalmente ao seguir o animal em seu voo. Consumida pela dor, a mãe não suporta mais o canto dos pássaros, ordenando o extermínio de todas as aves do reino. Enquanto isso, sua filha, a princesa Jalna, é confrontada com o desafio de resistir à autoridade cada vez mais cruel de sua mãe, enquanto luta para encontrar seu próprio caminho em meio à tristeza, ao silêncio e à enfermidade que tomaram conta do país. A edição tem acabamento de luxo, com formato grande, capa dura, 96 páginas em cores, impressas em papel offset de alta gramatura.

    Zidrou (Benoît Drousie) nasceu em 1962 em Bruxelas, Bélgica, e é um roteirista de histórias em quadrinhos. Ele iniciou sua carreira como professor, mas logo se viu imerso na criação de livros e músicas infantis nos anos 1990. Seu primeiro grande sucesso veio com L'Élève Ducobu em 1992, adaptado para o cinema em 2011 com o mesmo título. Ao longo de sua carreira, Zidrou não apenas demonstrou sua versatilidade ao explorar diversos gêneros, mas também colaborou com talentosos ilustradores, como Aimée de Jongh, Jordi Lafebre, Oriol, Paul Salomone, entre outros. Seu trabalho abrange desde séries para crianças e adolescentes, como Les Crannibales (1999-2005) e Tamara (2001-2018), até obras mais maduras e complexas, como A Mundana (2014), Naturezas Mortas (2017) e A Obsolescência Programada dos Nossos Sentimentos (2018). Zidrou é considerado um dos roteiristas mais prolíficos da atualidade e continua a surpreender e deleitar seus leitores a cada nova criação.
     
    Paul Salomone nasceu em 1981 em Morlaix, França, e cresceu imerso nas criações de seu pai, um artista pintor e escultor. Desde jovem, desenhava em todos os lugares e criava uma variedade de personagens, planos arquitetônicos, animações e decorações interiores. Em 2000, mudou-se para Nîmes para estudar Artes Aplicadas. Embora tenha se destacado como atleta de alto nível, seu espírito criativo sempre prevaleceu sobre os treinamentos. Foi nos quadrinhos que ele encontrou sua verdadeira paixão. Paul participou do primeiro Salão Europeu de Quadrinhos de Nîmes e suas produções chamaram a atenção de Albert Uderzo. O roteirista Wilfrid Lupano, impressionado com o talento do jovem desenhista, uniu-se a ele para criar LHomme qui naimait pas les armes à feu (2011-2017), obra inspirada no universo dos Irmãos Coen e de Buster Keaton. Em 2022, publicou A Rainha dos Insetos, em parceria com o roteirista belga Zidrou.










    Capa dura
    Formato 21 x 28,5 cm
    96 páginas
    ISBN 9786500949582
    edição: Ferréz e Thiago Ferreira
     

    continua/

    Beethoven, Ludwig van. 33 Variations sur une valse de Diabelli, Op101. Ludwig van Beethoven. Georges Solchany piano. France: EMI, 1970.

     


    BEETHOVEN, Ludwig van. 33 Veränderungen über einen Walzer von A.Diabelli für das Pianoforte von Ludwig van Beethoven. Op120 Editor: Hans von Bülow (1830-1894). Tradutor: John Henry Cornell (1828-1894), English text. Stuttgart: J. G. Cotta, n.d.(ca.1875) New York: Edward Schuberth & Co., 1891.

    24.4.24

    caminho tarot jodorowsky

    Se durante uma grande parte da vida, para nos encontrarmos, buscamos a luz, ao final, ao encontrá-la, entraremos sem medo em nossa sombra.

    JODOROWSKY, Alejandro; COSTA, Marianne (1966- ). O caminho do tarot / Alejandro Jodorowsky e Marianne Costa. Tradução de Alexandre Barbosa de Souza. La Voie du Tarot, 2004. — São Paulo: Editora Campos (Rogério de Campos), 2016. (Selo Chave)

    JODOROWSKY, Alexandre; CAMOIN, Philippe. Tarot de MarseilleAlexandre Jodorowsky e Philippe Camoin. Marseille: CAMOIN.