• tacet: 12/2015

    15.12.15

    Albrecht Dürer — Melencolia I


    Ação do Não-agir

    "O esforço de possuir obriga o homem a identificar-se com os objetos de posse. O que ele possui faz parte de si, a tal ponto que, se alguma coisa lhe for tirada, ou for perdida, parecerá que lhe arrancaram uma parte de si. É uma verdadeira escravidão: quando o homem imagina possuir as coisas, na realidade são elas que o possuem."
    Van der Leeuw

    Sobre o Conceito de Riviera (Majorca) — (e/ou) continuação das Passagens, de Walter Benjamin — (e/ou) — Falta da noção de Sacrifício — (e/ou) — Egoísmo

    "O que eu, ser mínimo e perdido na massa, faço em segredo, julgo que não afete a massa, permanecendo apenas entre mim e mim mesmo, guardado, se o quiser, no silêncio de um passado extinto. Mas, não!, não há passado inerte. O passado é uma via que prossegue no presente, uma lâmina cuja extremidade é o presente e que, acionada pelo impulso daquilo que penetrará o porvir, determina o que será. A cada instante, cada ser realiza um ato que o salva ou perde e, assim, realiza um ato que salva ou perde seu meio, sua família, (...), sua cidade e a civilização que o cerca, numa proporção que ninguém pode precisar e que, na mesma medida, inquieta uma consciência reta. Hoje, se existe alguma certeza, é a solidariedade universal dos fatos e seres em todos os níveis e sob todos os aspectos."
    R. P. Sertillanges

    4.12.15

    Sobre o conceito do Individualismo (Alameda Barros 399/423 — Majorca, Minorca — 01232 001


    "Ninguém conhece melhor um local do que quem mora ou trabalha lá (?)"
    presidente da COMISSÃO DE POLÍTICA URBANA, METROPOLITANA E MEIO AMBIENTE Andrea Matarazzo (?) (PSDB?)

    Um importante prédio influenciado, tanto na estrutura quanto na distribuição espacial, pelo Mies Van der Rohe é o Edifício Riviera, na Almeda Barros 399/423 (prédio do Escritório Rino Levi, projeto de Cerqueira Cesar, ambos da Arquitetura Modernista de São Paulo). Prédio influenciado por Rohe e, obviamente, pela Bauhaus (será possível ter alguma opnião a respeito de um prédio destes, tendo opiniões opostas a estas idéias?).
    Pois neste prédio foi colada na portaria e em todos os elevadores cartazes com uma ideologia Matarazziana, que diz que o minhocão é útil (com um quê de egoismo ideológico. Senão, vejamos:).
    Colado, obviamente, por alguém que anda de transporte individual (sempre me pergunto se quem fez isto sabe a consequência, a ideologia e o individualismo disto [pela ideologia me parece óbvio]) e apenas ela pode andar na frente de seu edifício e sua rua individual (o que já é um absurdo). Temos que ser individualistas, cancerígenos e colaboradores do aquecimento?
    Bom, basta estudar sublinharmente o urbanismo (e a cada vez mais) para descobrir que a retirada de formas de transporte diminui o trânsito. O que dizer sobre o minhocão (Elevado Costa e Silva), local onde a concentração de poluição é mais ampliada do que se fossem em locais abertos? Será que o mais importante é manter estas esculturas de Maluf e da ditadura?
    As vezes eu vejo que o individualismo é cada vez maior. Mas sempre me choco. 
    No meu campo de visão e escuta, apenas eu posso poluir, superaquecer, produzir ruídos e aumentar o risco de atropelamento. (me pergunto se tudo isso é uma idéia que, me pergunto seriamente, a pessoa acredita, ou apenas toma um fluxo de ideologias sem conhecimento enquanto consome alimentos químicos não orgânicos, produz lixo não reciclável, e lê revistas como Veja enquanto assiste televisão, sendo escrava de toda uma rede de ideologias que causam o mal para os terceiros - como andar de veículos individuais poluentes,  a partir de tecnologias antigas e que já foram desenvolvidas, mas não dão o capital atual).
    Eu, infelizmente, dirigi por 10 anos, até perceber o problema, assim que vi que existiam argumentos (e muitos) contrários. Isto é importante. Mesmo nesta época, eu dirigia pouco, pois percebia o óbvio: os transportes coletivos são bem mais lógicos e funcionais. De qualquer forma, sou um responsável terrível por câncer de pulmão de terceiros (como se eu fumasse), aquecimento global, extinção de várias espécies animais e criação de industrias perigosas para o nosso planeta. (prejudicava até a sua saúde de quem escreveu este cartaz)
    Eu sei disso, e é bom saber para ter consciência do que fazer. Em todos os nossos comportamentos, pois sempre trazem conseqüências para terceiros. Atualmente, é impossível não trazer nenhuma conseqüência ruim. Não podemos pensar apenas em nós mesmos.
    Não sejam individualistas.
    Talvez Walter Benjamin estivesse correto, a queda da Bauhaus foi a última queda de algom bom em todo o conceito da História.
    (ps Eu coloco informações neste diário virtual. Será que posso colocar cartazes físico preconceituosos na portaria? [como já está sendo feito?])