• tacet: 10/2009

    29.10.09

    Cronista de um Tempo Ruim, de Ferréz

    Lançado o primeiro livro do selo povo:

    Selo Povo
    Selo feito para livros de bolso, livros esses escritos por e para mãos operárias, rebeldes, marginais, periféricas.
    Que possa alcançar o público despossuído de recurso que geralmente vê o livro como um item raro e elitista.
    Um vinho guardado e nunca degustado, enquanto queremos que todos bebam pelo menos sua tubaína diária.
    Um selo em um livro de bolso, para ser posto na sexta básica, para ser lido na rua, no horário de almoço, nas prisões, nos acampamentos, nas zonas, nos bares, barracos e barrancos desse imenso país periferia.
    Esse selo garante um livro de fácil leitura e que será lido, relido, emprestado, e gasto, andando de mão em mão até que volte para onde veio, a vida.
    Ao preço de 1 cerveja e meia, e mais barato que um prato feito, a desculpa para não ler acabou.
    Bem vindo ao Selo Povo, feito pra você e pra todo mundo.

    Ferréz

    ____________________________

    Ficha técnica

    Título: Cronista de um Tempo Ruim
    Autor: Ferréz
    Editora: selo povo Editora
    Formato: 128 págs.
    Revisão: Alexandre Barbosa de Souza
    Capa e projeto gráfico: Paulo Vidal de Castro & Thais Vilanova

    Coordenação: Marcelo Martorelli Vessoni
    Formato: 10 X 16 cm

    Tipo: Caecilia
    Ano de publicação: 2009
    Preço: R$ 5,00
    ISBN-13: 9788562848001

    1DASUL


    Desenho do anjo IDASUL criado para abertura e divulgação dos produtos da marca que representa a periferia.
    criada em 1999 pelo escritor Ferréz, a marca tem a maioria dos seus produtos fabricados nas periferias, como Jd. Irene, Jd. das Rosas, Casa Grande, Amália, Parque Independência e outras regiões.
    Atualmente a marca tem duas lojas próprias, uma no Capão Redondo e outra em Santo Amaro na galeria Borba Gato. www.1dasul.com.br
    Desenho e animação feito por South e trilha por Paulo Vidal de Castro.

    26.10.09

    des(ign)enho industrial

    sintam a visão atual do design [sic – desenho industrial] nestas belas frases (e nesta bela fase):

    “Também colecionava de tudo: tampinhas, pedras, óculos, relógio...”

    “Sempre gostei de investir em tendências.”

    E agora, o melhor (ou pior):

    “Acredito na força do design como agregador de valor, esse é o meu [e, infelizmente, comum atualmente] discurso. Ou você utiliza o design [sic] como ferramenta, embarca em um conteúdo bacana, ou vira grão de milho. (...) [agora vem esta maravilhosa (ou absurda) conclusão:] Um exemplo: esta cadeira em que estou sentado vale x. Porque foi desenhada pelo Karim (Rashid).”


    Entrem para este raciocínio [? sic]: A funcionalidade e o baixo custo não devem mais ser a meta, e sim coisas bregas da moda que custam caro. Esqueçam Munari, Bauhaus, Zapf, de Barros, Bringhurst, Lissitzky, Forminform, Tschichold, Wollner, Bense, Le Corbusier, esdi, Dumont, ulm, da Vinci, Eisler, Bo Bardi, Fuller, Gropius, Rietveld, etc. Entrem no pensamento – talvez (certamente) modista – atual, guiados pelo Cocenza e o tal de Boom sp Design.

    8.10.09

    Cine-Concerto: Brecht e Beckett no chiaro-escuro


    Assisti várias vezes 2 destes filmes: o Film, de Beckett, e Überfall, de Ernö Metzner. Ambos são completamente sem falas entre os personagens (sem voz, no 1º caso; sem texto, no 2º caso) – apenas a montagem visual transmite as idéias.

    Vi o Film apenas no cinema e acho que uma de suas (muitas) qualidades é que, apesar de ser um filme com som, o único som escutado é a fala de um figurante: – Sshhhh! [Uma vez eu assisti com a trilha do Wilson Sukorski e continuo achando que colocar som (apesar de ter sido uma trilha silenciosa) tira uma das grandes qualidades do film]. O ator é o grande humorista Buster Keaton (já velho), que foi uma das principais referências para Beckett construir o lado clown de seus personagens.

    Já o Überfall tem uma grande montagem criada a partir do simples personagem que encontra uma moeda. Conheço apenas pelo DVD da MAGNUS OPUS, que está com uma trilha como aquelas tocadas por um pianista de cinema no começo do século xx.

    Estou louco para ver (e conhecer) o Mistérios de uma barbearia, do grande Bertold Brecht. Não tinha a menor idéia de que ele tinha realizado um filme.

    Programa

    Mistérios de uma barbearia (1923)

    Direção e roteiro: Bertolt Brecht e Erich Engel

    Atores: Karl Valentin, Blandine Ebinger e Ewin Faber.


    Film (1965)

    Direção: Alan Schneider.

    Roteiro: Samuel Beckett.

    Ator: Buster Keaton


    Assalto (1921)

    Direção: Ernö Metzner.

    Roteiro: Grace Chiang e Ernö Metzner.

    Atores: Heinrich Gotho, Eva Schmid-Kayser, Sybille Schmitz, Alfred Loretto e Han Ruyso.


    Música

    Michelle Agnes: piano e harmônio
    Compositora e pianista, graduou-se em composição musical pela Unicamp, onde também desenvolveu pesquisa de mestrado sobre o som no primeiro filme sonoro de Dziga Vertov. Em 2003 foi premiada com uma bolsa da Unesco para residência no estúdio de música eletroacústica do IMEB, França.Tem realizado acompanhamento musical ao vivo para diversos filmes silenciosos de autores como Meliès, Clair, Lumière, Keaton, Chaplin, Vertov, Renoir, Buñuel, Christensen, L'Herbier, Ivens. Participou da I e II Jornada de Cinema Silencioso (Cinemateca Brasileira), do projeto Cinema em concerto (Teatro Municipal de São Paulo), e da série Cinema Tocado (Prefeitura Municipal de Santos). Em 2006 recebeu o prêmio de melhor música na 33ª. Jornada de Cinema da Bahia.

    Thomas Rohrer: rabeca e saxofone
    Suíço radicado no Brasil desde 1995, iniciou seus estudos musicais como violinista e estudou saxofone com Othmar Kramis na escola de jazz de Lucerna. Atualmente, tem se dedicado à pesquisa de técnicas instrumentais expandidas junto à rabeca. Seu trabalho transita entre a improvisação livre e a música regional brasileira. Apresentou-se inúmeras vezes com o grupo Abaetetuba de improvisação livre, “A barca” e integra um duo com a cantora Saadet Türköz do Cazaquistão. Excursionou em turnê diversas vezes pelos Estados Unidos e pela Europa, tendo inclusive participado do programa Artist Links (British Council / Arts Council), como artista residente durante quatro meses em Londres. Realizou também diversos trabalhos focados na interação audiovisual, como trilhas para cinema, música para teatro, dança, performance e instalação.

    Antonio Panda Gianfratti: percussão
    Dedica-se à música improvisada desde 1999, sendo o fundador do grupo Abaetetuba de improvisação livre. Seu trabalho caracteriza-se pela pesquisa de timbres, construção e transformação de instrumentos no universo da percussão. Em 2006 apresentou-se no Sesc Paulista, musicalizando ao vivo juntamente com Thomas Rohrer os filmes: Dog Star Man de Stan Brackhage e Ninots, Monigotes e Figures, da artista chilena Patrícia Osses. Participou de diversos espetáculos de âmbito internacional, entre eles no Laban Centre Dance Contemporary, em Londres , em parceria com Hagit Yagira, no Festival Hurta Cordel de Improvisação Livre de Madrid realizado na Casa Encendida, e diversas apresentações com o grupo Abaetetuba, em Londres e Amsterdã.


    Serviço

    Horário do espetáculo: 20h30
    Ingresso: distribuição de ingressos gratuitos a partir das 19horas na bilheteria. 2 ingressos por pessoa.
    Telefone para informações: (11)3258-3344
    Classificação: 8 anos
    Endereço:
    Cultura Artística Itaim - Avenida Juscelino Kubitschek, 1.830.
    Disponibilidade: 200 ingressos
    Data:
    13/10/2009
    Hora:
    20:30

    7.10.09

    tmese