• tacet: 02/2019

    16.2.19

    2019 – Sobre o conceito de História

    1911
    Viena 
    “Resolvem-se problemas de modo a desembaraçar-se de um inconveniente. Mas, como se resolvem? E, sobretudo, acredita-se tê-los por resolvidos! Nisso se mostra, da forma mais clara, qual é o pressuposto da comodidade: a superficialidade. Assim é muito fácil possuir uma “concepção do mundo” [Weltanschauung] quando se considera digno de apreço somente o que parece ser agradável, sendo o restante indigno de quaisquer olhadelas. O restante, ou seja, o essencial: aquilo que permite concluir que tais “concepções do mundo” adaptam-se, com efeito, a seus sustentadores, mas que os motivos constituíntes delas nascem, sobretudo, do empenho por se desculparem. É, pois, um cômico proceder: os homens de nosso tempo, que estabelecem novas leis morais – ou, melhor ainda, que dão por terra com antigas –, não podem viver com a ideia de culpa!”

    Schoenberg: Harmonia

    1915
    Praga
    “A defesa, na verdade, não é realmente admitida pela lei, apenas tolerada, e há controvérsia até mesmo em torno da pertinência de deduzir essa tolerância a partir das respectivas passagens da lei. (…) O que se quer é excluir o mais possível a defesa, tudo deve recair sobre o próprio acusado.”

    Kafka: O Processo


    1920

    Angelus Novus, Paul Klee

    2019
    Bras(z)il??? 

    Kafka, Franz. O Processo. Tradução de Modesto Carone. São Paulo: Companhia das Letras, 1997
    Schoenberg, Arnold. Harmonia. Tradução de Marden Maluf. São Paulo: Editora UNESP, 2001.