• tacet: 02/2018

    23.2.18

    Sala Guiomar Novaes recebe recital dedicado a Willy Corrêa de Oliveira


    O programa acompanha o percurso do autor ao lado de diversos poetas e inclui obras compostas para Caroline De Comi e Maurício De Bonis

     

    No dia 25 de fevereiro, domingo, às 17h, a Sala Guiomar Novaes recebe o recital Willy Corrêa de Oliveira – primeiras audições III, apresentado pelo Núcleo Réplica. A entrada é gratuita.
    O repertório traz uma amostra da extensa produção de Willy Corrêa de Oliveira para voz e piano, comentada pelo próprio compositor. O programa inclui diversas canções compostas para o duo formado por Caroline De Comi e Maurício De Bonis, que há cerca de quinze anos vem se dedicando à música contemporânea e ao trabalho de Willy Corrêa de Oliveira. A seleção de obras acompanha o percurso de Willy ao lado de diversos poetas: de Brecht a Hölderlin, de Emily Dickinson a Paul Celan, de Jorge Koshiyama a Alexandre Barbosa de Souza.
    O crítico de arte Alfredo Bosi, em O desafio de traduzir Ungaretti, prefácio da edição bilíngue de poemas traduzidos e interpretados por Geraldo Holanda Cavalcanti, afirma a complexidade dos processos de tradução e interpretação. É o caso da relação entre poesia e música, que enfrenta um duplo desafio: a busca do registro em música de uma leitura do poema, durante o processo de composição, e a interpretação, no cruzamento entre as duas linguagens. Assim, os sentidos para a interpretação de uma canção devem ser descobertos e, muitas vezes, encontra-se aquilo que não estava previsto. Nem sempre o que é descoberto existe, muitas vezes é criado, surge de dentro da obra, já que a obra vive, sendo independente do criador.
    Formado por Caroline De Comi, Maurício De Bonis, Gilson Antunes e convidados, o Núcleo Réplica dedica-se à interpretação e à criação como esferas inseparáveis da prática musical. O grupo atua na relação direta com compositores e seus processos de criação, na apresentação de repertórios referenciais para a criação musical contemporânea ou na recuperação crítica do repertório da história da música. Desde o início de suas atividades, o núcleo mantém uma dedicação especial à obra de Willy Corrêa de Oliveira.
    Sala Guiomar Novaes – Complexo Cultural Funarte SP
    
(Alameda Nothmann, 1058, Campos Elíseos, São Paulo, SP)
    Projeto: Willy Corrêa de Oliveira – primeiras audições III
    
Dia 25 de fevereiro. Domingo, às 17h.

    Entrada franca
    Intérpretes:
    
Núcleo Réplica: Caroline De Comi (soprano) e Maurício De Bonis (piano) | Participação especial: Manuela Freua (soprano) | Comentários sobre as obras: Willy Corrêa de Oliveira
    Programa
: Obras para voz e piano de Willy Corrêa de Oliveira (nascido em 1938), comentadas ao vivo pelo próprio compositor.
    Cantares por Diamantina (2ª versão, 1982/2001) (versos de Bertolt Brecht)
    
I. A exceção e a regra

    II. As águas do rio

    III. Se a pedra diz
    
IV. Entendimento
    Se fôssemos infinitos (1990) (versos de Bertolt Brecht)
    4 canções sobre poemas de Jorge Koshiyama (2001)
    
I. Coral

    II. Antífona
    
III. Ricercata

    IV. Vislumbres
    Cristal (2001) (versos de Paul Celan)
    Canções de Celan (versão para Caroline, 1997/2002) [versos de Paul Celan]
    
I. Fiapossóis

    II. Os vestígios da mordida no nenhures

    III. A mim
    Uma porta (2011) (versos de Alexandre Barbosa de Souza)
    Poema 3 (2011) (versos de Alexandre Barbosa de Souza)
    3 Duetti, para duas vozes femininas* e piano (2005) (versos de Emily Dickinson)
    
I. Ample make this bed
    
II. A sepal, a petal and a thorn

    III. Wild nights, wild nights
    Sem título (2012) (versos de Alexandre Barbosa de Souza)
    Replica (2013) (versos de García Lorca)
    Não há rio… (2017) (versos de Alexandre Barbosa de Souza)
    Canção terrível (2016) (versos de Alexandre Barbosa de Souza)
    Ample make this bed (2017) (versos de Emily Dickinson)
    Hölderlin Lied (2017) (versos de Friedrich Hölderlin)
    Mais informações:
(11) 3662-5177
(11) 3822-5671 (bilheteria – abre uma hora antes dos espetáculos)
funartesp@gmail.com

    Núcleo Réplica apresenta ‘Serial e Antes’, na Sala Guiomar Novaes

    Recital acompanha o percurso dos compositores Alban Berg e Anton Webern em direção ao dodecafonismo

    No dia 23 de fevereiro, sexta, às 20h, o Núcleo Réplica apresenta obras de Alban Berg (1885-1935) e Anton Webern (1883-1945). O recital, com entrada franca, é realizado na Sala Guiomar Novaes do Complexo Cultural Funarte SP.

    A apresentação acompanha o percurso de Berg e Webern em direção ao método de composição dodecafônico, proposto inicialmente por Arnold Schoenberg. O repertório mostra expressões distintas a que o método conduziu, o que é sinal de sua efetividade, e reforça a ideia de que o ambiente radical da composição dodecafônica não cessa de dialogar com a história da música.

    A obra de Berg apresenta dois pontos extremos desse percurso:  o tratamento do mesmo poema de Theodor Storm, Feche meus olhos, em duas versões, uma tonal e outra dodecafônica. As peças são repletas de simbolismos e mensagens cifradas sob as notas, o que é representativo do espírito romântico que nunca foi abandonado pelo autor. Entre a composição dessas duas peças, em um ponto já distante do sistema tonal e ainda bem distinto do dodecafonismo, situam-se as Quatro peças para clarineta e piano op.5. Elas são exemplos do chamado “estilo aforístico”, em que as informações apresentadas em um curto período condensam o potencial expressivo e respondem à ausência dos recursos tonais para a estruturação de discursos mais longos.
    A música vocal também é um dos campos explorados com frequência pelos compositores dessa época. Na ausência de uma organização em larga escala, como no sistema tonal, a relação com o texto estrutura o discurso, que se apoia em um recurso extramusical. Um exemplo distinto das peças de Berg pode ser visto nas Quatro canções para voz e piano op. 12, de Webern. Os textos usados têm diversas origens: uma tradução de um poema clássico chinês, um trecho de um romance de August Strindberg, além de poemas de Goethe e Rosegger inspirados em quadras populares. Na obra, a relação com cada nuance do texto orienta a composição como um todo. Essas canções podem, ainda, ser comparadas com outra proposta, os Quatro cânones sobre textos latinos op.16. Eles evocam um lado religioso e recuperam uma técnica de composição típica da Renascença, que adquire novo significado como procedimento serial.
    Formado por Caroline De Comi, Maurício De Bonis, Gilson Antunes e convidados, o Núcleo Réplica dedica-se à interpretação e à criação como esferas inseparáveis da prática musical. O grupo atua na relação direta com compositores e seus processos de criação, na apresentação de repertórios referenciais para a criação musical contemporânea ou na recuperação crítica do repertório da história da música.

    Sala Guiomar Novaes – Complexo Cultural Funarte SP
    (Alameda Nothmann, 1058, Campos Elíseos, São Paulo, SP)
    Projeto: Serial e Antes
    Dia 23 de fevereiro. Sexta, às 20h.
    Entrada franca
    Intérpretes:
    Núcleo Réplica: Caroline De Comi (soprano), Maurício De Bonis (piano), Gilson Antunes (violão), José Luiz Braz (clarinete)
    Programa
    Alban Berg (1885-1935)
    Schliesse mir die Augen beide, para voz e piano (Feche meus olhos, versos de Theodor Storm)
    1ª versão (1900)
    2ª versão (1925)
    Vier Stücke für Klarinette und Klavier, op.5 (1913) (Quatro peças para clarinete e piano)
    I. Mäßig
    II. Sehr langsam
    III. Sehr rasch
    IV. Langsam
    Anton Webern (1883-1945)
    Vier Lieder für Singstimme und Klavier, Op.12 (1917) (Quatro canções para voz e piano)
    I. Der Tag ist vergangen (‘O dia passou’, versos de Peter Rosegger)
    II. Die geheimnisvolle Flöte (‘A flauta misteriosa’, versos de Li Tai Po / trad. Hans Bethge)
    III. Schien mir’s, als ich sah die Sonne (‘Parecia-me, quando via o sol’, versos de August Strindberg)
    IV. Gleich und Gleich (‘Diga-me com quem andas’, versos de Johann Wolfgang von Goethe)
    Fünf Canons nach lateinischen Texten für hohen Sopran, Klarinette und Bassklarinette, op.16 (1924) (Quatro cânones sobre textos latinos para soprano agudo, clarinete e clarone)
    I. Christus factus est pro nobis (‘Cristo tornou-se obediente por nós’)
    II. Dormi Jesu, mater ridet (‘Dorme Jesus, sua mãe sorri’)
    III. Crux fidelis, inter omnes arbor una nobilis (‘Ó Cruz fiel, entre todas a árvore mais nobre’)
    IV. Asperges me, Domine, hyssopo, et mundabor (‘Aspergi-me, Senhor, com o hissopo, e ficarei puro’)
    V. Crucem tuam adoramus, Domine (‘Tua Cruz adoramos, Senhor’)
    Mais informações:
    (11) 3662-5177
    (11) 3822-5671 (bilheteria – abre uma hora antes dos espetáculos)
    funartesp@gmail.com

    13.2.18

    Núcleo Réplica apresenta-se na Sala Guiomar Novaes

    No segundo recital do projeto ‘Willy Corrêa de Oliveira – “primeiras audições”, as obras se alternam entre o canto e os momentos de silêncio

     
    No dia 18 de fevereiro, domingo, às 17h, o Núcleo Réplica apresenta, na Sala Guiomar Novaes, o projeto Willy Corrêa de Oliveira – primeiras audições ii. A entrada é franca.
    O recital se alterna entre o cantar e os momentos em que a voz se silencia, dando lugar ao solilóquio entre ruídos, à flauta transversal, ao violão, à flauta doce e ao piano. Um dos poemas, Rasgos, de García Lorca, apresentado em voz e violão, sugere esse silêncio e a conversa consigo mesmo, como nos versos: “Aquele caminho sem gente. Aquele caminho”, “Aquele grilo sem lar. Aquele grilo.” e “E esta sineta que dorme. Esta sineta…”
    Nas peças para violão desacompanhado e também na obra Miserere, para piano, incitada pelo ciclo homônimo de Georges Rouault, o silêncio da gravura em metal e o ruído que o precede são transplantados para o que se possa revelar audível. A solidão nesse programa está presente em obras como El silencio, de García Lorca, e In den Geräuschen, de Paul Celan.
    Formado por Caroline De Comi, Maurício De Bonis, Gilson Antunes e convidados, o Núcleo Réplica dedica-se à interpretação e à criação como esferas inseparáveis da prática musical. O grupo atua na relação direta com compositores e seus processos de criação, na apresentação de repertórios referenciais para a criação musical contemporânea ou na recuperação crítica do repertório da história da música. Desde o início de suas atividades, o núcleo mantém uma dedicação especial à obra de Willy Corrêa de Oliveira, compositor, professor e pianista.

    Sala Guiomar Novaes – Complexo Cultural Funarte SP
    (Alameda Nothmann, 1058, Campos Elíseos, São Paulo, SP)
    Projeto: Willy Corrêa de Oliveira – primeiras audições II
    Dia 18 de fevereiro. Domingo, às 17h.
    Entrada franca
    Intérpretes:
    Núcleo Réplica: Caroline De Comi (soprano), Maurício De Bonis (piano), Gilson Antunes (violão), Luciano Morais (violão), Sarah Hornsby (flauta transversal), André de Cillo (piano) | Participação especial: Maurílio Silva (flauta doce) | Comentários sobre as obras: Willy Corrêa de Oliveira

    Programa:
    Obras de Willy Corrêa de Oliveira (nascido em 1938)

    El silencio, para soprano e silêncios (2013) [versos de García Lorca]
    Caroline De Comi

    Gesang des Abends, para flauta solo (1973)
    Sarah Hornsby

    Nove Gravuras para guitarra (2012)
    Gilson Antunes

    Noche, para voz e violão (2013) [versos de García Lorca]

    Flor, para voz e violão (2013) [versos de García Lorca]
    Rasgos, para voz e violão (2013) [versos de García Lorca]
    Caroline De Comi, Luciano Morais

    Duo I, para flauta e violão (1974)
    Sarah Hornsby, Gilson Antunes

    Miserere, para piano (1999-2017)
    André de Cillo, Maurício De Bonis

    Os olhos de Analivia, para voz e violão (2012) [versos de Donizete Galvão]
    Caroline De Comi, Gilson Antunes

    In memoriam Philadelpho Menezes, para flauta doce soprano (2000)
    Maurílio Silva Junior (artista convidado)

    En los ruídos, para soprano (2014) [versos de Paul Celan]
    Caroline De Comi

    Mais informações:
    (11) 3662-5177
    (11) 3822-5671 (bilheteria – abre uma hora antes dos espetáculos)
    funartesp@gmail.com

    4.2.18

    Willy Corrêa de Oliveira – Grupo Réplica


    No dia 4 de fevereiro, às 17h, a Sala Guiomar Novaes recebe o projeto Willy Corrêa de Oliveira – primeiras audições I, realizado pelo Núcleo Réplica. A apresentação tem entrada gratuita.

    Compositor, professor e pianista, Willy Corrêa de Oliveira nasceu em Recife em 1938. Em sua produção mais recente, destacam-se peças que remetem a uma reunião reservada ou a um ambiente intimista de conversa, leitura e reflexão. O Núcleo Réplica se propõe a correr o risco de reproduzir essa atmosfera em uma sala de concertos. O canto em português, criado sobre versos de poetas como Alexandre Barbosa, Donizete Galvão e Ruy Proença, conversa com o violão. As peças para piano, por sua vez, quase pedem um piano vertical, uma vez que o instrumento de cauda ocuparia grande espaço em uma conversa informal. Como contrapartida da conversa entre voz e violão, há ainda uma prosa com soprano e violoncelo, composta em duas versões sobre o poema Outro ouro, de Ruy Proença.

    Formado por Caroline De Comi, Maurício De Bonis, Gilson Antunes e convidados, o Núcleo Réplica dedica-se à interpretação e à criação como esferas inseparáveis da prática musical. O grupo atua na relação direta com compositores e seus processos de criação, na apresentação de repertórios referenciais para a criação musical contemporânea ou na recuperação crítica do repertório da história da música. Desde o início de suas atividades, o núcleo mantém uma dedicação especial à obra de Willy Corrêa de Oliveira.

    Sala Guiomar Novaes – Complexo Cultural Funarte SP

     (Alameda Nothmann, 1058, Campos Elíseos, São Paulo, SP)

    Projeto: Willy Corrêa de Oliveira – primeiras audições I

     Dia 4 de fevereiro. Domingo, às 17h.

     Entrada franca

    Ficha técnica:

     Núcleo Réplica: Caroline De Comi (soprano), Maurício De Bonis (piano), Gilson Antunes (violão), André de Cillo (piano), Rodrigo Prado (violoncelo) | Comentários sobre as obras: Willy Corrêa de Oliveira

    Programa:

     Obras de Willy Corrêa de Oliveira (nascido em 1938)

    Outro ouro, para voz e violão (2015) [versos de Ruy Proença]
    Poema breve, para voz e violão (2015) [versos de Mao Tse-Tung]
    
Equilíbrio, para voz e violão (2015) [versos de Donizete Galvão]
    Madrigal, para piano (2017)
    Mattina (1ª versão), para voz e violão (2015) [versos de Giuseppe Ungaretti
    Mattina (2ª versão), para voz e violão (2015) [versos de Giuseppe Ungaretti]

    Mattina (3ª versão), para voz e violão (2015) [versos de Giuseppe Ungaretti]
    Epitalâmio, para piano (2016)
    5 Cânticos para soprano e cello (2012) [versos de Ruy Proença]
    
I. Saudade

    II. Fiat Lux
    
III. Amor
    
IV. Fruto
    
V. Poente
    Modelos para armar, para piano (2009)
    A noite entre paredes brancas, para voz e violão (2013) [versos de Alexandre Barbosa de Souza]
    
Canzone, para voz e violão (2015) [versos de Alexandre Barbosa de Souza]
    
Cantar, para voz e violão (2013) [versos de Alexandre Barbosa de Souza]
    Ruba’i, para piano (2012)
    Outro ouro, para voz e violoncelo (2015) [versos de Ruy Proença]


    Mais informações:
(11) 3662-5177
(11) 3822-5671 (bilheteria – abre uma hora antes dos espetáculos)
funartesp@gmail.com