• tacet: As Formas do Violoncelo

    24.4.06

    As Formas do Violoncelo

    Instrumento de formas sugestivas






    Foto 1 — Le Violon d'Ingres, 1924, de Man Ray (1890-1976): Expoente do Dada de Nova York, pintor, desenhista, fotógrafo, criador de objetos, inventor do rayograph (contato — fotos sem câmera) e da aerografia aplicada à pintura, escritor e brilhante narrador. Foi também cineasta (de filmes geniais), e inventou o “cinema sem câmera”.
    (um dos elogios mais descabidos que já recebi foi quando um diretor de cinema das antigas (das antigas mesmo é falar “das antigas”) comparou um vídeo meu com Man Ray)

    Foto 2 — Charlotte Moorman (1933-1991): A “Joana D’Arc da música nova” (Edgar Varèse). Começou como concertista tradicional de violoncelo para depois se tornar intérprete de obras de compositores contemporâneos, como Karlheinz Stockhausen. Mas foram os integrantes do movimento Fluxus que realmente interessaram a moça, que se tornou a fiel escudeira de Nam June Paik. Muitas obras/performances do coreano foram feitas para ela, que tocou nua, ou suspensa por cabos, ou com o espigão do instrumento pressionando o peito nu de um homem deitado no chão, ou até uma obra que ao invés da violoncelista tocar o violoncelo, é o espectador quem toca a violoncelista. Ela ficou famosa em programas de auditório norte-americanos como a “violoncelista topless”.
    Na foto ela está apresentando uma obra de Paik — compositor recém-falecido que foi também o pai da videoarte (e de mais um monte de coisas, até o "vídeo sem câmera").

    Foto 3 — Inês Baptista: Uma jovem portuguesa que fez a tatuagem por causa da foto do Man Ray. Ela foi modelo para uma série de filmes que têm o artista como tema. Ela tem também um interessante blog com sotaque luso (de onde roubei esta foto): Casaco Amarelo.

    Foto 4 — Emilia Fox (1974): Interpretando a violoncelista Dorota, no filme O Pianista, de Roman Polanski. A cena que eu acho a mais bonita de todo o filme: após sofrer bastante nas mãos dos nazistas, o pianista se refugia na casa de sua amada, que já está casada com outro. Após dormir e repousar de verdade, ele acorda de manhã e a vê tocando a primeira suíte de Bach. Infelizmente não consegui uma imagem desta cena.

    Foto 5 — Iris Regev: Por último, mas não a menos bela. Mus(ic)a israelense de lindos cabelos compridos. Um dos mais bem guardados segredos da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (não o único). Música para os olhos, um dos melhores espetáculos para se ver na Sala São Paulo. É também uma ótima violoncelista.

    P.S.- Junto com este post, inauguro a última sessão de links do Blog: Vestais (“Quão apropriado”, para citar o Diabo das tiras do Otacílio).

    1 Comentários:

    Anonymous Anônimo disse...

    vc toca muito tempo estou aprendendo a mais de dois dias e lindo sou louca por violoncello

    sábado, 24 de junho de 2006 às 20:45:00 BRT  

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